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Estado de Minas

Minas combate os vil�es do efeito estufa


26/11/2008 06:37 - atualizado 08/01/2010 04:00

Uma das necessidades mais urgentes é a de repensar o transporte público, para redução da emissão de poluentes nas ruas das metrópoles, como Belo Horizonte(foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press)
Uma das necessidades mais urgentes � a de repensar o transporte p�blico, para redu��o da emiss�o de poluentes nas ruas das metr�poles, como Belo Horizonte (foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press)

A necessidade de diminuir o desmatamento, de melhorar o transporte p�blico, de incentivar o uso de energias renov�veis e a reciclagem � a principal evid�ncia do 1º Invent�rio de Emiss�es de Gases do Efeito Estufa (GEE) de Minas Gerais, divulgado ter�a-feira pela Funda��o Estadual do Meio Ambiente (Feam). Em 2005, Minas lan�ou na atmosfera 122,9 milh�es de toneladas de gases, a maioria (60,6%) de g�s carb�nico. No estado detentor do maior rebanho leiteiro do pa�s, com 20 milh�es de cabe�as de gado, a atividade pecu�ria � a principal fonte emissora, respondendo por 29,4% do total. Mas a contribui��o do homem para o efeito estufa fica mais clara quando as outras fontes s�o identificadas: o desmatamento ou uso do solo para agricultura e pastagem responde por 19,8% das emiss�es, seguido pelo consumo de energia na ind�stria (16,8%), transportes (13,5%) e tratamento de res�duos (5,9%).

O lan�amento excessivo na atmosfera de di�xido de carbono (CO2), metano (CH4) e o �xido nitroso (N2O), entre outros, leva ao aquecimento global. Esses gases formam uma esp�cie de cobertor cada dia mais espesso, que torna o planeta cada vez mais quente e n�o permite a sa�da da radia��o solar. O resultado � o aumento da temperatura m�dia do planeta e da intensidade de eventos clim�ticos extremos, como inunda��es, ondas de calor, secas e furac�es. “O invent�rio � o primeiro passo para cada um dos setores de Minas tomar medidas para diminuir a emiss�o de gases. Reafirma a import�ncia de se consumir energia com mais efici�ncia, usar fontes alternativas e recuperar �reas degradadas”, explica o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Feam, Paulo Eduardo Fernandes de Almeida.

Em 2005, ano escolhido para a an�lise, a emiss�o per capita de Minas foi de 6,4 toneladas de gases por habitante, �ndice maior que o registrado no mesmo ano no Rio de Janeiro (4,5 toneladas/habitante), mas bem abaixo do registrado em 2003 nos pa�ses da Uni�o Europ�ia (11 toneladas/hab) e nos Estados Unidos (23,4 toneladas/hab). O uso de combust�veis renov�veis (�lcool, biodiesel, entre outros) no estado supera o de combust�veis n�o-renov�veis (carv�o, petr�leo, g�s): 53 milh�es de toneladas do primeiro, contra 42 milh�es de toneladas do segundo, o que Paulo Eduardo considera uma excelente not�cia.

O detalhamento dos combust�veis n�o-renov�veis mostra que o uso de �leo diesel gerou os maiores n�veis de emiss�o, com aproximadamente um ter�o de participa��o, devido ao seu uso nos transportes. Em seguida vem o coque de carv�o mineral (24,5%) e gasolina (9,9%). A an�lise da participa��o de cada um dos setores da ind�stria na emiss�o dos gases em Minas p�e a siderurgia como maior vil�. O setor � respons�vel por 72,7% das emiss�es entre as ind�strias. A emiss�o de 36,1 milh�es de toneladas de gases pela pecu�ria � explicada pela fermenta��o que ocorre durante o processo digestivo de bois e vacas e pelo manejo de dejetos, que resultam na emiss�o de g�s metano, com 21 vezes mais poder de aquecimento na compara��o com o g�s carb�nico.

Cen�rio

Iniciado em janeiro de 2008, o documento foi elaborado pela Feam com apoio do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e consultoria do Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudan�as Clim�ticas – Centro Clima/Coppe, vinculado � Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). De acordo com o pesquisador Alexandre d’Avignon, um dos respons�veis pelo estudo, o pr�ximo passo do trabalho ser� a constru��o dos cen�rios de emiss�o de gases em Minas, em 2010, 2015 e 2020. “Depois de conhecer o problema, � poss�vel indicar como ser� a situa��o do estado a partir da estrutura de desenvolvimento que for seguida”, afirmou.

Embora o Centro Clima/Coppe ainda n�o tenha acertado com o governo de Minas a continuidade do trabalho, a Feam considera a iniciativa importante para que subsidie a proposi��o de uma pol�tica estadual de mudan�as clim�ticas, em articula��o com a nacional e outras a��es p�blicas relacionadas. O �rg�o trata a constru��o do invent�rio como um marco institucional que contribui para que o Brasil cumpra seus compromissos como parte da Conven��o Quadro das Na��es Unidas sobre Mudan�as do Clima (CQNUMC). O invent�rio de Minas foi elaborado a partir da metodologia do Painel Intergovernamental de Mudan�as Clim�ticas, da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU).


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