Um conflito grave entre os moradores do Aglomerado da Serra, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte e policiais militares deixa ao menos tr�s pessoas feridas, uma menina de cinco anos que foi baleada na perna e dois homens. Segundo as
primeiras informa��es, cerca de 150 moradores realizavam uma manifesta��o na noite deste domingo, quando entraram em confronto com a PM. Tr�s pessoas foram presas.A manifesta��o � em protesto a morte do filho e o irm�o de um policial que morreram durante troca de tiros com militares na madrugada de s�bado, na Vila Mar�ola, dentro do Complexo do Cafezal. A No entanto, moradores do local dizem que os dois foram sumariamente executados. As mortes revoltaram a comunidade e dois �nibus foram queimados como forma de protesto, ainda no s�bado.
No enterro deles realizado na tarde deste domingo, no Cemit�rio da Saudade, milhares de pessoas compareceram e entoaram gritos de justi�a. V�rias pessoas procuraram os jornalistas para denunciar v�rios abusos de autoridade cometidos por militares na regi�o.
Novos confrontos
Uma manifesta��o inicialmente pac�fica, apoiada pela Igreja do bairro, tomou conta da Pra�a Cardoso, no Bairro Serra, no final da noite deste domingo, ap�s o funeral. Segundo fontes, os manifestantes agrediram os militares que reagiram com tiros para o alto. Mais de 50 tiros foram disparados, segundo fontes que estavam no local. Foram usadas ainda balas de borracha e de efeito moral.
Uma crian�a de cinco anos que brincava de bicicleta foi atingida por estilha�oes de bala na perda. O pai da crian�a, o chaveiro Adriano Santos, disse que o ferimento da filha era leve, mas que ela ficou assustada: “Ela est� chorando muito e me perguntando o tempo todo se iria morrer”. Um manifestante foi atingido na boca por uma das balas. Parentes de dois homens que foram presos, identificados como Elias Mois�s e Roberto Luiz, disseram que militares os amea�aram de morte.
Em retalia��o, moradores jogaram pedras nos policiais e um micro-�nibus foi queimado. Ainda segundo fontes, cerca de 20 viaturas est�o fechando as sa�das da pra�a. Centenas de policiais do 1º, 16º e 22º batalh�es, al�m de integrantes do Batalh�o Rotam, todos fortemente armados, ocupam pontos estrat�gicos do morro. O major Lu�s Jos� Francisco Pires, do 22º Batalh�o da PM, informou que a comunidade come�ou a jogar pedras nos policiais. “Agimos apenas de forma preventiva”, garantiu o oficial.