
A afirma��o causou estranheza entre jornalistas e, pouco depois, no Aglomerado da Serra, o chefe do Comando de Policiamento Especializado (CPE), coronel Ant�nio Pereira Carvalho, afirmou que a frase era apenas uma rea��o ao suposto tiro levado por um colega. “Um militar, depois que sai do teatro de opera��es, fica exaltado, principalmente depois que um companheiro � baleado”, disse o coronel, confirmando a vers�o de seus subordinados, na Pra�a do Cardoso, regi�o central do aglomerado, ainda na manh� de s�bado, horas antes de ser incendiado o primeiro dos tr�s �nibus queimados no fim de semana.
Mas o tiro levado pelo soldado Jonas David Rosa nem sequer � confirmado. A Pol�cia Civil investiga se o PM teria mesmo sido baleado e em quais circunst�ncias. Inclusive, uma das possibilidades � que os pr�prios policiais tenham dado o tiro no colete, para tentar justificar o suposto tiroteio, simulando o disparo. Todas as testemunhas ouvidas at� agora relatam que os dois moradores estavam desarmados e n�o teria havido a troca de tiros. A pr�pria Pol�cia Militar afirma que a vers�o dos policiais do Rotam � “altamente question�vel”, um dos fundamentos para a pris�o deles na quarta-feira. Outra hip�tese � de que as marcas do colete tenham sido feitas em uma ocorr�ncia antiga.
Na quarta-feira, a Corregedoria da Pol�cia Militar reafirmou que o militar foi baleado no peito. Enquanto os outros tr�s PMs foram afastados e se mantiveram somente fora das opera��es de rua, o soldado Jonas, segundo relatou Carvalho, estava no hospital e s� depois disso seria afasto como os outros. Mas, no dia do crime, ele e os demais caminhavam tranquilamente.
O tiro teria sido um dos motivos para a rea��o desencadeada pelos PMs do Rotam contra os cerca de 15 a 20 homens fardados com roupas do Grupamento de A��es T�ticas Especiais (Gate). Em depoimento � Corregedoria, antes de serem presos quarta-feira, os quatro reafirmaram o que disseram � imprensa no dia das mortes. Mas uma testemunha ocular contradiz o relato dos policiais. Ela diz ter visto da janela de casa a atua��o dos PMs e a execu��o sum�ria de Jeferson.