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Estado de Minas AGLOMERADO DA SERRA

Tiro em colete de soldado do Rotam gera pol�mica


postado em 24/02/2011 06:45 / atualizado em 24/02/2011 08:07

Soldado Adelino Zuccheratte, preso ontem, mostrou sábado colete que teria sido atingido por bandidos(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Soldado Adelino Zuccheratte, preso ontem, mostrou s�bado colete que teria sido atingido por bandidos (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
“Morreram n�o, foram para o inferno.” A frase foi dita, na manh� de s�bado, na porta do Departamento de Homic�dios e Prote��o � Pessoa, pelo soldado Adelmo Felipe de Paula Zuccheratte, um dos quatro militares suspeitos da execu��o do adolescente Jeferson Coelho da Silva, de 17 anos, e do seu tio Renilson Veriano da Silva, de 39. Pouco depois de registrada a ocorr�ncia, questionado pela equipe do Estado de Minas sobre o estado das v�timas, o jovem PM, preso quarta-feira, reagiu.

A afirma��o causou estranheza entre jornalistas e, pouco depois, no Aglomerado da Serra, o chefe do Comando de Policiamento Especializado (CPE), coronel Ant�nio Pereira Carvalho, afirmou que a frase era apenas uma rea��o ao suposto tiro levado por um colega. “Um militar, depois que sai do teatro de opera��es, fica exaltado, principalmente depois que um companheiro � baleado”, disse o coronel, confirmando a vers�o de seus subordinados, na Pra�a do Cardoso, regi�o central do aglomerado, ainda na manh� de s�bado, horas antes de ser incendiado o primeiro dos tr�s �nibus queimados no fim de semana.

Mas o tiro levado pelo soldado Jonas David Rosa nem sequer � confirmado. A Pol�cia Civil investiga se o PM teria mesmo sido baleado e em quais circunst�ncias. Inclusive, uma das possibilidades � que os pr�prios policiais tenham dado o tiro no colete, para tentar justificar o suposto tiroteio, simulando o disparo. Todas as testemunhas ouvidas at� agora relatam que os dois moradores estavam desarmados e n�o teria havido a troca de tiros. A pr�pria Pol�cia Militar afirma que a vers�o dos policiais do Rotam � “altamente question�vel”, um dos fundamentos para a pris�o deles na quarta-feira. Outra hip�tese � de que as marcas do colete tenham sido feitas em uma ocorr�ncia antiga.

Na quarta-feira, a Corregedoria da Pol�cia Militar reafirmou que o militar foi baleado no peito. Enquanto os outros tr�s PMs foram afastados e se mantiveram somente fora das opera��es de rua, o soldado Jonas, segundo relatou Carvalho, estava no hospital e s� depois disso seria afasto como os outros. Mas, no dia do crime, ele e os demais caminhavam tranquilamente.

O tiro teria sido um dos motivos para a rea��o desencadeada pelos PMs do Rotam contra os cerca de 15 a 20 homens fardados com roupas do Grupamento de A��es T�ticas Especiais (Gate). Em depoimento � Corregedoria, antes de serem presos quarta-feira, os quatro reafirmaram o que disseram � imprensa no dia das mortes. Mas uma testemunha ocular contradiz o relato dos policiais. Ela diz ter visto da janela de casa a atua��o dos PMs e a execu��o sum�ria de Jeferson.


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