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Estado de Minas

Comerciantes acatam ordem judicial e fecham bares da rua Guajajaras �s 22h


postado em 24/03/2011 22:41 / atualizado em 24/03/2011 23:52

Fiscais da prefeitura e PMs foram até os bares para fazer cumprir a liminar(foto: Tulio Santos/Esp.EM/D.A Press)
Fiscais da prefeitura e PMs foram at� os bares para fazer cumprir a liminar (foto: Tulio Santos/Esp.EM/D.A Press)
Os propriet�rios dos sete bares e restaurantes localizados na rua Guajajaras, no centro de Belo Horizonte, entre as ruas da Bahia e Esp�rito Santo, cumpriram a ordem da Justi�a e fecharam as portas �s 22h desta quinta-feira. A determina��o, estabelecida por meio de liminar, foi do juiz Wauner Batista Ferreira Machado, que acatou as den�ncias feitas pelo Minist�rio P�blico e definiu multa di�ria de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

Pela liminar, os sete estabelecimentos n�o poder�o funcionar mais ap�s as 22h nas quintas e nas sextas-feira. Os comerciantes ficaram revoltados com a ordem judicial, alegando que estes s�o os dias de maior movimento e que, por isso, ter�o de demitir funcion�rios.

Para garantir o cumprimento da determina��o da Justi�a, agentes de fiscaliza��o da prefeitura e policiais militares chegaram na rua Guajajaras por volta das 21h40 e apresentaram, em cada um dos estabelecimentos, a liminar.

Comerciante Cláudio dos Santos ficou revoltado com a decisão da Justiça(foto: Tulio Santos/Esp.EM/D.A Press)
Comerciante Cl�udio dos Santos ficou revoltado com a decis�o da Justi�a (foto: Tulio Santos/Esp.EM/D.A Press)
Um dos propriet�rios afirmou que reabriria as portas do seu bar �s 0h01, alegando que, no seu entendimento, j� seria outro dia e a ordem perderia o seu valor. No entanto, ele foi orientado pelo gerente de regula��o urbana da Regional Centro-Sul, William Nogueira, que tal interpreta��o era equivocada e salientou o valor da multa pelo descumprimento. O comerciante revelou que nos dois dias n�o fatura R$ 10 mil e decidiu cumprir prontamente a ordem. Policiais militares permanecer�o fazendo ronda na rua para garantir que os bares ficar�o fechados.

Os moradores da regi�o denunciaram ao Minist�rio P�blico o comportamento abusivo dos frequentadores destes bares, a maioria estudantes. As den�ncias apontavam o frequente uso de drogas e at� mesmo a pr�tica de sexo nas cal�adas. Al�m disso, uma das principais reclama��es de quem mora naquelas imedia��es � a perturba��o do sossego, j� que o barulho e a algazarra incomodava mesmo quem mora em apartamentos em andares distantes do t�rreo.

A Promotoria de Justi�a Especializada de Defesa de Habita��o e Urbanismo, prop�s uma A��o Civil P�blica (ACP) e obteve da Justi�a a liminar que restringe o hor�rio de funcionamento de sete estabelecimentos localizados na Rua Guajajaras entre Rua da Bahia e Avenida �lvares Cabral. S�o eles o Restaurante Fino Sabor (Western House), Comercial Mister Beer, Bar Avi�o em Queda, Restaurante Monteiros, Restaurante Torino, Jairmo Marino da Silva (S� no Suko) e Sinuca Bola.

Entre aplausos e protestos

Os bares fecharam as portas sob aplausos dos moradores de v�rios pr�dios residenciais, que h� cerca de cinco anos vem convivendo com grupos de frequentadores de alguns dos bares, que fecham o quarteir�o e provocam algazarras que se estendem at� a madrugada, com som de carros em alto volume, cenas de sexo expl�cito, entre outros. Em contrapartida, os comerciantes protestaram muito.

O empres�rio Jos� Eust�quio de Jesus, do bar e pizzaria Western House, lamentou. "Fechar mais cedo em dois dos tr�s dias de maior movimento � decretar a fal�ncia do nosso neg�cio, que est� aqui h� 30 anos. E tudo isso por causa de dois estabelecimentos menores, que n�o oferecem espa�o aos seus clientes e vendem produtos que atraem um volume maior de pessoas. Eu e mais quatro comerciantes, que n�o contribu�mos para a aglomera��o de pessoas que vem causando os transtornos, vamos entrar com um pedido na Justi�a para reverter a decis�o".

Irmãs Lilian (E) e Raina (D) ficaram surpresas com os bares fechando mais cedo(foto: Tulio Santos/Esp.EM/D.A Press)
Irm�s Lilian (E) e Raina (D) ficaram surpresas com os bares fechando mais cedo (foto: Tulio Santos/Esp.EM/D.A Press)
O comerciante Cla�dio dos Santos, n�o conseguia disfar�ar sua revolta. "Fecho � meia-noite e, agora tendo que encerrar �s 22h, vou ter que abrir aos domingos para compensar os preju�zos. Nos impedem de trabalhar, com todo esse aparato, para deixar os bandidos livres na rua", desabafou, reclamando da presen�a de v�rios militares que acompanharam a a��o dos fiscais da PBH.

As irm�s Raina, de 19, e Lilian, de 26, que estavam num dos bares, foram surpreendidas com a informa��o de que o local estava fechando. As duas, embora reconhecendo o incomodo aos moradores da �rea, n�o gostaram da determina��o, j� que estavam num ambiente fechado com amigos, e n�o na rua. "Incomoda, mas se algum morador dos pr�dios quiser, troco de endere�o com ele", brincou Raina, que disse que vai chegar mais cedo no bar, para poder aproveitar at� �s 22h.

 

Com Landercy Hemerson


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