
Pela liminar, os sete estabelecimentos n�o poder�o funcionar mais ap�s as 22h nas quintas e nas sextas-feira. Os comerciantes ficaram revoltados com a ordem judicial, alegando que estes s�o os dias de maior movimento e que, por isso, ter�o de demitir funcion�rios.
Para garantir o cumprimento da determina��o da Justi�a, agentes de fiscaliza��o da prefeitura e policiais militares chegaram na rua Guajajaras por volta das 21h40 e apresentaram, em cada um dos estabelecimentos, a liminar.

Os moradores da regi�o denunciaram ao Minist�rio P�blico o comportamento abusivo dos frequentadores destes bares, a maioria estudantes. As den�ncias apontavam o frequente uso de drogas e at� mesmo a pr�tica de sexo nas cal�adas. Al�m disso, uma das principais reclama��es de quem mora naquelas imedia��es � a perturba��o do sossego, j� que o barulho e a algazarra incomodava mesmo quem mora em apartamentos em andares distantes do t�rreo.
A Promotoria de Justi�a Especializada de Defesa de Habita��o e Urbanismo, prop�s uma A��o Civil P�blica (ACP) e obteve da Justi�a a liminar que restringe o hor�rio de funcionamento de sete estabelecimentos localizados na Rua Guajajaras entre Rua da Bahia e Avenida �lvares Cabral. S�o eles o Restaurante Fino Sabor (Western House), Comercial Mister Beer, Bar Avi�o em Queda, Restaurante Monteiros, Restaurante Torino, Jairmo Marino da Silva (S� no Suko) e Sinuca Bola.
Entre aplausos e protestos
Os bares fecharam as portas sob aplausos dos moradores de v�rios pr�dios residenciais, que h� cerca de cinco anos vem convivendo com grupos de frequentadores de alguns dos bares, que fecham o quarteir�o e provocam algazarras que se estendem at� a madrugada, com som de carros em alto volume, cenas de sexo expl�cito, entre outros. Em contrapartida, os comerciantes protestaram muito.
O empres�rio Jos� Eust�quio de Jesus, do bar e pizzaria Western House, lamentou. "Fechar mais cedo em dois dos tr�s dias de maior movimento � decretar a fal�ncia do nosso neg�cio, que est� aqui h� 30 anos. E tudo isso por causa de dois estabelecimentos menores, que n�o oferecem espa�o aos seus clientes e vendem produtos que atraem um volume maior de pessoas. Eu e mais quatro comerciantes, que n�o contribu�mos para a aglomera��o de pessoas que vem causando os transtornos, vamos entrar com um pedido na Justi�a para reverter a decis�o".

As irm�s Raina, de 19, e Lilian, de 26, que estavam num dos bares, foram surpreendidas com a informa��o de que o local estava fechando. As duas, embora reconhecendo o incomodo aos moradores da �rea, n�o gostaram da determina��o, j� que estavam num ambiente fechado com amigos, e n�o na rua. "Incomoda, mas se algum morador dos pr�dios quiser, troco de endere�o com ele", brincou Raina, que disse que vai chegar mais cedo no bar, para poder aproveitar at� �s 22h.
Com Landercy Hemerson