
Quase dois meses depois do registro da ocorr�ncia na Divis�o Especializada de Prote��o ao Meio Ambiente, delegacia que investiga crimes ambientais, a Pol�cia Civil finalmente come�ou a apurar o misterioso caso dos 14 gatos mortos no c�mpus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na segunda-feira, dois policiais estiveram na Faculdade de Filosofia e Ci�ncias Humanas (Fafich), onde os animais foram encontrados. Por�m, segundo a escriv� Juliana Martins, por enquanto n�o h� nenhuma suspeita. “Algumas pessoas j� foram ouvidas, outras ser�o arroladas como testemunhas. A falta de c�meras de v�deo no local prejudica um pouco as investiga��es, mas o caso est� sendo apurado”, revelou a escriv�.
Segundo Mailce Mendes, subpresidente da Comiss�o de Controle de Zoonoses, encarregada do controle da popula��o felina na �rea da Fafich, que registrou a ocorr�ncia na delegacia no in�cio de mar�o, � a primeira vez que a Pol�cia Civil vai � UFMG apurar o caso. “Eles solicitaram os contatos de algumas pessoas que poderiam auxiliar, como os porteiros, faxineiras e jardineiro, que ficam aqui no per�odo das f�rias escolares e podem ter visto alguma coisa”, declarou.
Degolados
Em janeiro e fevereiro, per�odo de f�rias na universidade, 14 gatos foram mortos nas proximidades da Fafich. O estado de alguns corpos assustou a comunidade acad�mica . Uns estavam decapitados, sem pele e outros tiveram a cabe�a esmagada. A maioria dos felinos era filhote. Policiais civis, professores, estudantes e funcion�rios da UFMG ainda n�o t�m ideia do que possa ter ocorrido, mas h� v�rias especula��es, entre elas a de que os bichanos foram mortos por outros animais, como gamb�s, ou por algu�m que n�o tolerava a presen�a dos felinos.
Os gatos sempre marcaram presen�a na universidade, especialmente perto da Fafich, e acabaram se integrando � comunidade acad�mica e provocando, ao mesmo tempo, repulsa e carinho. H� oito anos, foi criada a Comiss�o de Controle de Zoonose, encarregada de monitorar a popula��o felina na �rea da Fafich. Desde 2008, por meio de parcerias com ONGs, associa��es, petshops e cl�nicas veterin�rias, a comiss�o encaminha os bichanos para ado��o. Cerca de 150 j� foram adotados e hoje cerca de 25 a 30 ainda vivem na faculdade.