As drogas sint�ticas v�m atraindo cada vez mais usu�rios. Segundo o psiquiatra Maur�cio Le�o de Rezende, subst�ncias como o ecstasy e o LSD t�m p�blico-alvo bem definido: jovens de classe m�dia e m�dia alta. O alarme se agrava quando se verifica que o ingresso no mundo das subst�ncias psicotr�picas ocorre cada vez mais cedo.
O uso do ecstasy, tamb�m conhecido como “bala”, est� intimamente ligado a festas regadas a m�sica eletr�nica, cujos participantes formam uma tribo com identidade pr�pria. Na an�lise do psiquiatra, o ser humano, principalmente no fim da inf�ncia e in�cio da adolesc�ncia, � atra�do naturalmente pelo conv�vio em grupos. “Ele busca aceita��o, reconhecimento, promo��o. Isso faz com que nas rela��es grupais haja uma submiss�o daqueles que est�o entrando �s regras vigentes”, observa o especialista.
Rezende especifica que o ecstasy � um estimulante, que n�o tem como objetivo a produ��o de efeitos delirantes. Os reflexos imediatos s�o de euforia e vigor f�sico, sensa��es que se encaixam perfeitamente ao ritmo fren�tico das baladas trance e raves. “Mas, a longo prazo, provoca danos f�sicos e ps�quicos. Podem surgir dist�rbios mentais graves, como manifesta��es psic�ticas, agita��es e agressividade, al�m de atingir o sistema neurol�gico, por exemplo”, explica.
Rezende observa que o LSD, conhecido como “doce”, tamb�m voltou a circular. Em voga nas d�cadas de 1960 e 1970, o �cido lis�rgico � um alucin�geno. (TA)