Os problemas relacionados ao aquecimento global extrapolam os limites entre munic�pios e a ado��o de medidas de combate aos gases que provocam o efeito estufa pode desencadear melhorias em cadeia para a Grande BH. Dado o tamanho e principalmente a forma��o voltada para o setor industrial, Betim e Contagem est�o no topo da lista das mais polu�das da regi�o, inclusive, estando � frente de Belo Horizonte em �ndices mais cr�ticos.
Segundo medi��es da qualidade do ar feitas pela Funda��o Estadual de Meio Ambiente (Feam) – que n�o incluem indicadores do di�xido de carbono (CO2) e dos gases estufa –, dois indicadores, antes controlados, est�o presentes em n�veis problem�ticos nas tr�s cidades: poeira (tamb�m chamado de material particulado) e oz�nio (O3). At� 2008, a concentra��o de oz�nio (O3) em Betim, por exemplo, era, em m�dia, de 80 microgramas por metro c�bico e as
No caso de Betim e Contagem, ela explica que a maior incid�ncia de gases poluentes �, em parte, culpa de BH. Isso porque, o vento da cidade, na maior parte do tempo, est� direcionado para a regi�o onde est�o localizadas as cidades e, com isso, ocorre essa ‘migra��o’. Mas o principal problema est� concentrado na regi�o das refinarias e da distribui��o de combust�vel, onde tamb�m est�o localizadas outras f�bricas. “Na �poca de ventos com velocidade menor, forma-se uma ‘tampa’ que prende os poluentes”, afirma Elisete, explicando que a conseq��ncia disso � danosa para a sa�de, agravando problemas respirat�rios.
Crescimento da frota
A explica��o para o aumento dos �ndices � l�gica e simples: o crescimento vertiginoso da frota nos �ltimos anos, com as consecutivas quebras de recordes de venda de autom�veis, influencia diretamente na emiss�o de poluentes. Ainda mais porque Minas n�o possui legisla��o voltada para a inspe��o veicular anual. “90% da polui��o est� ligada � frota em Belo Horizonte”, diz Elisete, ressaltando que a cidade praticamente s� tem uma ind�stria poluidora.
Ela informaque a substitui��o do diesel por combust�veis limpos permite que sejam instalados filtros ou catalisadores nos coletivos. Assim seria poss�vel filtrar parte das impurezas presentes na fuma�a, principalmente �s relativas ao chamado material particulado, ou simplesmente poeira. “O biodiesel n�o tem enxofre. O g�s limita o uso de tecnologias, por entupir o filtro”, diz Elisete.
Para diminuir a polui��o e o efeito estufa
1 - Redu��o de 30% das emiss�es dos gases de efeito estufa listados no Protocolo de Quioto em rela��o a patamar expresso em estudo a ser realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte
2 - Os empreendimentos de alta concentra��o ou circula��o de pessoas, como centros varejistas e shoppings centers, dever�o instalar equipamentos e manter programas de coleta seletiva de res�duos s�lidos para obten��o de Baixa e Habite-se e Alvar� de Localiza��o e Funcionamento
3 - A frota de transportes p�blicos da capital deve substituir progressivamente o uso de combust�veis f�sseis. A cada ano, 10% dos �nibus devem adotar biodiesel ou etanol
4 - A prefeitura dever� implementar programa obrigat�rio de coleta seletiva e promover a instala��o de ecopontos em cada uma das regionais no prazo de dois anos
Combust�vel limpo na frota de �nibus:
Estudos feitos pela BHTrans mostram que os cerca de 3 mil �nibus do sistema de transporte coletivo consomem todo m�s 7,5 milh�es de litros de �leo diesel, o que resulta na emiss�o de 230 mil toneladas de CO2 equivalente por ano. Caso se optasse pelo uso do biodiesel com concentra��o de 20% (B20), a cada ano ocorreria redu��o de 10% da emiss�o. Ou seja, seria como se 300 ve�culos deixassem de circular. Se a op��o fosse pelo B50, a redu��o da emiss�o de gases de efeito estufa seria 2,5 vezes menor. Mas, dada a pouca disponibilidade do combust�vel nos postos, a op��o deve ser pelo etanol. Por isso, a prefeitura prepara estudos para saber a viabilidade da altera��o.
Fonte: Lei 10.175/2011 (Pol�tica Municipal de Mitiga��o dos Efeitos de Mudan�as Clim�ticas)