O governo brasileiro tentar� providenciar, nesta quinta-feira, o traslado dos corpos do engenheiro mineiro Mario Augusto Soares Bittencourt, 61 anos, e do ge�logo Mario Gramani Guedes, 57 anos, funcion�rios da empresa Leme Engenharia, que foram encontrados ontem na selva peruana. O dois desapareceram na segunda-feira passada, enquanto faziam um levantamento de campo para verificar o melhor lugar para construir a Hidroel�trica Vera Cruz.
"A pol�cia peruana encontrou os corpos intactos, um ao lado do outro, sem qualquer sinal de viol�ncia", disse o embaixador do Brasil no Peru, Carlos Alfredo Lazary Teixeira. "Eles estavam com todos seus pertences: carteira, celular e m�quina fotogr�fica." Segundo ele, os resultados preliminares da aut�psia n�o revelaram a causa da morte. Mas ainda falta realizar outros testes de laborat�rio.
O embaixador informou � presidenta Dilma Rousseff sobre os resultados da investiga��o. Ela est� no pa�s para acompanhar, nesta quinta-feira, a posse do presidente do Peru, Ollanta Humala. A pol�cia peruana iniciou as buscas na segunda-feira passada, quando pessoas que trabalhavam com os dois brasileiros avisaram que eles haviam faltado a um encontro.

Segundo o sobrinho do engenheiro, Felipe Ribeiro Bittencourt, de 29, a fam�lia n�o vai ao Peru e aguarda procedimentos do Itamaraty e da Leme. “A gente tem extrema dificuldade de comunica��o com a empresa. Precisei ligar para outra empresa, parceira da Leme no Peru, para saber mais informa��es”, afirma Bittencourt. Por meio da assessoria de imprensa, a Leme Engenharia disse lamentar as mortes e afirmou estar prestando atendimento psicol�gico e material �s fam�lias para trazer os corpos. De acordo com o sobrinho, o corpo do tio passar� por autopsia na manh� desta quinta e depois de 14h vai come�ar o processo de traslado para o Brasil.
Sobre as causas da morte, fam�lia est� muito desconfiada, principalmente com informa��es de jornais locais do Peru. A imprensa chegou a especular que os dois foram atacados por camponeses da regi�o que s�o contr�rios � constru��o da hidrel�trica. Mas, como n�o h� sinal de viol�ncia, as autoridades descartam essa hip�tese. “A gente est� muito perdido com a falta de informa��o. Os dois eram muito experientes de campo. A gente acha que algu�m os tirou da trilha”, afirma. No momento em que desapareceram os brasileiros estariam realizando levantamentos �s margens de um rio.
(Com Ag�ncia Brasil)