Para quem tem o domingo para arrumar mochilas e se preparar para encarar novamente a rotina na segunda-feira, a hora � de pensar no tr�nsito. Para a administradora de empresas L�lian Ramos Minardi Castro esse momento � sin�nimo de sofrimento. Ela enfrenta o tr�nsito ca�tico de Belo Horizonte para deixar cada filho em uma escola. “J� estou cansada s� de pensar, mas n�o tem outro jeito. Vou respirar fundo e encarar mais quatro meses”, desabafa. Como ela, at� mesmo quem n�o tem filhos na escola deve enfrentar nesta segunda-feira um teste de paci�ncia. De acordo com a BHTrans, a expectativa � de que haja acr�scimo de 10% na frota que circula diariamente pela cidade. S� na �rea interna da Avenida do Contorno, s�o esperados mais 50 mil ve�culos.
Para acalmar os �nimos dos motoristas, agentes da Unidade Integrada de Tr�nsito v�o organizar a circula��o de ve�culos na porta de 50 escolas, em v�rios bairros, e alertar as pessoas sobre a import�ncia de respeitar as leis, n�o parando em fila dupla, usando cinto de seguran�a e atravessando na faixa de pedestre. A a��o educativa faz parte da campanha da BHTrans para o per�odo de volta �s aulas, cujo tema � “Com seu exemplo, a crian�ada j� aprende no caminho”.
Todos os dias, no in�cio da tarde, a comerciante Adriana Pereira Ribeiro Chaves sai do Lourdes e segue at� o Santo Agostinho para deixar Ana Clara, de 7, em uma escola e Jo�o Vitor, de 3, em outra, dois quarteir�es adiante. A motorista fica impressionada com a falta de respeito no tr�nsito. “�s vezes tem a vaga, mas o pessoal n�o estaciona e para em fila dupla. � complicado demais”, afirma Adriana, que reclama de outro h�bito de alguns pais. “Eles t�m a mania de colocar a mochila no porta-malas. Ent�o, descem do caro, abrem o porta-malas, levam a crian�a at� o port�o da escola. Temos que ser mais pr�ticos.”
A comerciante j� tem um plano para o ano que vem: os dois filhos v�o estudar no mesmo col�gio e ela pretende lev�-los a p�. “Acho que sou privilegiada porque a escola � perto de casa. Fico imaginando as pessoas que moram muito longe”, comenta. (CA)
Mem�ria - Reivindica��o impasse
Professores da rede estadual est�o em greve desde 8 de junho. Eles argumentam que o estado n�o cumpre a Lei Federal 11.738/2008, que institui o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), e pedem que a norma seja aplicada. A Secretaria de Estado da Educa��o diz que a reivindica��o � infundada, j� que, desde janeiro, o menor sal�rio pago a professores de n�vel m�dio � de R$ 1.122 para 24 horas/semana, conforme a Lei Estadual 18.975/2010, valor acima do piso nacional, definido pelo Minist�rio da Educa��o e Cultura (MEC), que � de R$ 1.187 para 40 horas/semana.