
A ideia � implantar as paradas em frente aos principais bares e restaurantes da capital, facilitando o acesso de quem deixa o carro em casa por causa da bebida. O n�mero e os locais ainda est�o sendo estudados, mas a BHTrans garante que o servi�o estar� dispon�vel antes do fim do ano. Importantes rotas dos botequeiros, como a Rua Piumhi, no Bairro Anchieta, poderiam ser beneficiadas. Nem o presidente do Sindicato dos Taxistas (Sincavir), Dirceu Efig�nio Reis, nem o da empresa de transporte e tr�nsito do munic�pio, Ramon Victor C�sar, admitem a falta de t�xi na capital. C�sar voltou a afirmar que o aumento da frota, atualmente de 5.998 t�xis, � fora de cogita��o.
Segundo eles, esse � um problema localizado, em hor�rios espec�ficos, e ocorre, principalmente, na Regi�o Centro-Sul de BH, onde est� o maior n�mero de bares e restaurantes. “A maioria dos taxistas espera, em m�dia, uma hora por um passageiro. Em dia at�pico, como uma sexta-feira, ou com a Savassi em obras, o carro vai demorar. Na Regi�o Centro-Sul, onde o poder aquisitivo � maior e as pessoas usam mais o servi�o, haver� mais demanda”, justifica Reis.
Se um taxista espera uma hora, o mesmo pode dizer a cantora Vilma de Oliveira. Esse foi o tempo que ela esperou por t�xi no �ltimo domingo, para sair de um restaurante na Rua Rio de Janeiro, no Bairro de Lourdes, onde se apresenta, e ir para casa, no Planalto, Regi�o Norte de BH. “Desde o in�cio da fiscaliza��o da Lei Seca, o problema come�ou. Est� dif�cil conseguir t�xi a partir das 22h30”, diz. O gerente da casa, Napole�o Corr�a dos Santos, respons�vel por ligar para as cooperativas pedindo carros para os clientes, diz que se tornou rotina uma espera de 30 minutos: “E, muitas vezes, nos ligam para dizer que o carro n�o vem, pois ningu�m foi encontrado”. O artista pl�stico Marco Ant�nio Moreira faz coro: “S�bado e domingo s�o os piores dias, quero ver como ficar� para a Copa do Mundo”.
Presidente da Ligue T�xi BH, Ataul Roberto de Castro diz que precisaria de 100 ve�culos al�m dos atuais 310 da cooperativa para suprir a demanda, que aumentou entre 15% e 20% desde o aumento do rigor em rela��o � Lei Seca. O n�mero de funcion�rios contratados para atender liga��es a cada seis horas de turno passou de sete para 11. “Pre�o e mercado acess�vel tamb�m contribuem para as pessoas usarem mais o servi�o. Isso � bom para o motorista, mas esses atrasos podem causar problemas internos, pois temos v�rios contratos com empresas e estamos sujeitos a san��es administrativas”, disse.
Especiais
Al�m de mais pontos, outra novidade � a implanta��o de t�xis especiais na capital. At� o m�s que vem, ser�o definidos os padr�es dessa nova modalidade, que deve contar com 300 ve�culos, de acordo com os estudos iniciais de demanda feitos pela BHTrans. A cor ser� diferenciada, mas ainda n�o foi escolhida – preto est� entre as prefer�ncias. Os carros dever�o ter air bag, freio ABS, GPS, entre outras especifica��es. A tarifa ser� a mesma cobrada nos t�xis comuns. “Esse � um servi�o para permission�rios que j� est�o no sistema e ter�o um diferencial para oferecer ao passageiro. Quem se interessar ter� de se adaptar ao modelo, e caso haja mais demanda que as 300 iniciais, veremos se � vi�vel aumentar a oferta”, afirmou o presidente da BHTrans, Ramon C�sar.
Demanda antiga dos taxistas, ser� assinada este m�s a portaria que autoriza donos de t�xis a comprarem carros nas cores cinza, prata ou preta. A medida visa facilitar a revenda dos ve�culos. Para rodar, eles dever�o ser revestidos com um plotter branco, seguindo as especifica��es determinadas pela BHTrans.
N�meros da demora
15% a 20%
aumento da demanda por t�xi em cooperativa de BH depois da intensifica��o da Lei Seca
12 minutos
tempo m�dio para os operadores conseguirem um t�xi para o cliente
15 minutos
tempo m�dio para o carro chegar � casa do passageiro
30 minutos
tempo m�nimo de espera por um t�xi
6h �s 24h
hor�rios cr�ticos para se conseguir um t�xi numa sexta-feira
5h �s 7h; 9h �s 13h
hor�rio de pico em outros dias da semana
FONTE: Ligue T�xi BH