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Estado de Minas

Cobran�a de pintura surpreende moradores do IAPI

Conjunto foi revitalizado dentro do projeto Adote um Bem Cultural


postado em 25/08/2011 06:00 / atualizado em 25/08/2011 06:23

Custo da mão de obra, orçado em R$ 153 mil, vai ser dividido por 934 famílias(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Custo da m�o de obra, or�ado em R$ 153 mil, vai ser dividido por 934 fam�lias (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 

Moradores do Conjunto IAPI, no Bairro S�o Crist�v�o, na Regi�o Noroeste de Belo Horizonte, come�am a pagar, no dia 5, a m�o de obra da pintura dos edif�cios do conjunto dentro do projeto de revitaliza��o do complexo de 64 anos. Cada um dos respons�veis pelos 934 im�veis deve desembolsar R$ 163, divididos em nove parcelas, a partir de setembro. O total chega a R$ 153 mil.

Apesar da revitaliza��o do conjunto fazer parte do programa Adote um Bem Cultural, da prefeitura em parceria com a iniciativa privada para restaurar o patrim�nio da cidade, no caso do IAPI nem todos os custos estavam previstos para serem cobertos pelas empresas parceiras. De acordo com o idealizador do projeto de reforma, J�lio Gomes, que tamb�m � s�cio da empresa Casa & Tinta, uma das parceiras do projeto, o contrato firmado para renova��o do conjunto que � patrim�nio da capital foi feito de duas formas.

“A revitaliza��o das fachadas dos pr�dios e o fornecimento das tintas ficaram a cargo da iniciativa privada com apoio institucional da prefeitura. V�rias empresas se uniram para viabilizar a ideia que n�o tem custo nenhum aos moradores. Por�m, a parte de m�o de obra para a pintura dos pr�dios ficou sob a responsabilidade da Associa��o dos Moradores do Conjunto IAPI, que levantaria fundos para custear essa parte”, afirma.

O presidente da associa��o, Carlos Alberto J�nior, confirma a informa��o e diz que busca patrocinadores para essa parte da obra. “O custo total da m�o de obra � de R$ 193 mil. Conseguimos R$ 40 mil com uma empresa e ainda falta o restante. Como ainda n�o temos outros parceiros e precisamos pagar as parcelas para a obra continuar, o valor foi dividido para os moradores”, diz o presidente.

Ele acredita que a quantia n�o deve comprometer as finan�as dos moradores. “Se lembrarmos que estamos isentos do IPTU e taxa de limpeza h� dois anos por conta do tombamento do conjunto, o valor acaba se tornando irris�rio, pois os moradores v�o ganhar muito com a obra, principalmente na valoriza��o dos im�veis”, conclui.

Reforma

Alguns moradores do conjunto, que preferirem o anonimato, n�o se op�em ao pagamento, mas n�o gostaram da modo como tudo foi feito. Segundo eles, o prefeito M�rcio Lacerda foi ao conjunto e n�o deixou claro que a comunidade tamb�m teria de investir na reforma.

A prefeitura explica que participou do processo autorizando a ado��o do conjunto pelas empresas e que sua responsabilidade � de fiscalizar, pedir adequa��es e fazer a limpeza depois da revitaliza��o. Segundo a PBH, as incumb�ncias de cada parte n�o foram diretamente relacionadas e a presen�a da associa��o no acordo seria importante para garantir que os cond�minos se envolvessem com as obras. A prefeitura acrescenta que a revitaliza��o do IAPI � um projeto caro, pois envolve n�o  tamb�m reboco e andaimes.


Voc� se lembra?

Perspectiva de custo zero


Em 7 de maio, quando o prefeito Marcio Lacerda abriu solenidade de comemora��o dos 64 anos do IAPI, anunciando o in�cio da pintura dos nove pr�dios, os 5,4 mil moradores tinham certeza de que nada desembolsariam para custeio da obra de revitaliza��o. Para eles, todo o custo seria coberto pela parceria envolvendo empresas e entidades, como primeiro empreendimento contemplado pelo programa Adote um bem cultural, da Funda��o Municipal de Cultura. Mesmo em 13 de abril, quando foi anunciada a parceria entre empresas e a prefeitura, nada foi falado sobre a participa��o dos moradores. Na ocasi�o, tamb�m foi anunciado que o col�gio, a Igreja de S�o Crist�v�o e a quadra esportiva, que funcionam dentro do complexo, iriam ganhar novo acabamento, sem despesas para os moradores.


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