A flexibiliza��o da Lei do Sil�ncio nem come�ou a ser debatida oficialmente na C�mara Municipal de Belo Horizonte, mas j� divide opini�es de vereadores. Atendendo demanda de donos de bares e restaurantes da capital, uma audi�ncia p�blica para discutir o assunto ser� realizada no fim de outubro e promete esquentar o Legislativo. Defensora ferrenha das restri��es ao barulho, a vereadora Elaine Matozinhos (PTB) j� adianta que n�o h� clima entre os parlamentares para alterar a legisla��o que controla a emiss�o de ru�dos. J� o requerente da audi�ncia, o vereador L�o Burgu�s, presidente da C�mara, reconhece ser preciso adequar as regras � realidade da cidade.
Moro perto de um bar e acho que os moradores tamb�m t�m de aceitar. � preciso haver harmonia - Cl�udio de Borba Vieira, operador de bolsa de valores (foto: MARIA TEREZA CORREIA/EM/D.A PRESS)
Segundo o parlamentar, o primeiro passo � fazer uma campanha educativa entre os frequentadores desses estabelecimentos, mas n�o � poss�vel dar as costas � necessidade de mudan�a da lei. “A lei existe para solucionar um conflito e percebemos que nenhum dos lados, nesse caso, est� satisfeito. Al�m disso, a cidade est� recebendo uma s�rie de grandes eventos e precisa discutir essa quest�o”, afirma.
Mas Elaine Matozinhos � categ�rica ao refutar modifica��es: “A Lei do Sil�ncio n�o pode ser flexibilizada jamais e em tempo algum. Ningu�m aguenta mais conviver com o barulho em BH”, afirma a vereadora.
Escutamos o zum-zum-zum dentro de casa, mas n�o perturba. O bar ajuda a dar mais seguran�a � regi�o - Ana Maria Aguiar, microempres�ria (foto: MARIA TEREZA CORREIA/EM/D.A PRESS)
Morador do Bairro Esplanada, na Regi�o Leste de BH, Ant�nio Filho, vizinho de um bar, concorda com a vereadora. “Qualquer cidad�o de BH tem de ter condi��es m�nimas para dormir. H� um ano, batalhamos com isso aqui no bairro e n�o temos solu��o”, afirma. J� a microempres�ria Ana Maria Aguiar, de 65, vizinha e frequentadora de botecos defende o equil�brio: “Escutamos o zum-zum-zum dentro de casa, mas n�o � algo que perturba. Acho que o bar ajuda a dar mais seguran�a � regi�o, pois h� movimento at� mais tarde na rua.”
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