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Estado de Minas

Em Sabar�, igrejas hist�ricas que j� precisavam de reformas e chuva piorou situa��o


postado em 16/01/2012 07:03

A temporada de chuvas fortes em Sabar� durou cerca de um m�s, o suficiente para amea�ar a hist�ria de bens seculares do munic�pio, datado do s�culo 17 e que abriga rico patrim�nio hist�rico e cultural. Entre os bens afetados est�o igrejas tombadas por �rg�os de prote��o que j� demandavam obras de revitaliza��o antes mesmo da esta��o das �guas e tiveram sua situa��o agravada. Em uma delas, a Capela de Santo Ant�nio, no distrito de Pomp�u, o muro de pedra com mais de 200 anos n�o resistiu ao aguaceiro e caiu em dezembro. Outras em estado de conserva��o pouco melhor tamb�m sofreram com goteiras e infiltra��es, comuns em todas as igrejas da cidade, segundo moradores. A chuva deixou rastros tamb�m em ruas e casas de bairros perif�ricos, como Ro�as Grandes, Paci�ncia e Arraial Velho, onde o asfalto cedeu e moradores que vivem �s margens do Rio das Velhas perderam m�veis e pertences pessoais.

Apesar de ter sido menos castigada do que outras cidades hist�ricas, como Ouro Preto, Congonhas, Tiradentes e S�o Jo�o del-Rei, Sabar� tamb�m teve seu acervo afetado. De acordo com o padre Guilherme do Carmo Neto, a Igreja de Nossa Senhora da Concei��o enfrenta problemas com vazamentos no telhado. “Ela passou por uma reforma no ano passado, mas est� precisando de reparos no teto, pois h� v�rias goteiras.” Na pia batismal, a �gua est� inflitrando na parede e apodrecendo uma estrutura de madeira. O p�roco lista ainda problemas de infiltra��o no forro do teto da Capela do Sant�ssimo Sacramento e em duas sacristias, agravados com a chuva. “A �gua que desce das goteiras molha o forro e est� estragando as pinturas”, alerta.

Tamb�m respons�vel pela Capela de Santo Ant�nio, no distrito de Pomp�u, padre Guilherme afirma que a situa��o da igreja � a pior no munic�pio. “Ela est� muito malconservada. Precisa de obras que s�o muito importantes para manuten��o do patrim�nio”, diz. O descaso com a conserva��o � velho conhecido das ministras da eucaristia �ris Piedade Carvalho, de 60 anos, e Terezinha Maria Malaques, de 63, ajudantes nas atividades da capela. “Falta muita aten��o do poder p�blico com esse patrim�nio. O muro caiu h� dias e nenhuma provid�ncia foi tomada. Em outras �pocas, a pr�pria comunidade j� se mobilizou e arrecadou fundos para a reforma, mas os �rg�os de patrim�nio n�o autorizaram a obra”, afirmou �ris, lamentando a a��o do tempo sobre a capela.

Os dias seguidos de chuva tamb�m deixaram as paredes da Igreja de Nossa Senhora do Carmo manchadas por causa da infiltra��o. De acordo com o funcion�rio Jos� de Jesus Lamego, de 71 anos, mesmo tendo estrutura forte, o templo n�o resistiu aos dias consecutivos de chuva. “As paredes t�m cerca de um metro e quarenta cent�metros de largura. Ainda assim, a �gua subiu pela funda��o”, contou Lamego, lembrando ainda que as goteiras s�o comuns em todos os cantos da igreja. “A �gua prejudica o assoalho, que � feito com madeira de cerca de 200 anos”, constatou.

VIAS P�BLICAS

Al�m dos danos provocados pela chuva aos bens tombados de Sabar�, a cidade sofreu ainda com deslizamento de encostas, alagamentos e preju�zos financeiros para moradores. Em uma das �reas mais afetadas, � margem do Rio das Velhas, moradores da Rua Beira Linha ainda contabilizam as perdas. Do lado oposto do rio, um dos pr�dios do Residencial Mangueiras, �s margens da MG-05, liga��o com a capital, est� erguido sobre um barranco que teve parte levada pela chuva.

Segundo a prefeitura, o processo de reconstru��o ser� imediato para obras simples, como conserto de ruas e obras de conten��o de encostas. Mas, para assuntos ligados ao patrim�nio hist�rico, o munic�pio ainda tem muito o que esperar. Isso porque, de acordo com o vice-prefeito, Argemiro Afonso Ramos (PSB), obras de restaura��o, que exigem altas quantias, est�o em fase de projeto. Al�m disso, ainda n�o h� sinaliza��o dos �rg�os de tombamento sobre a libera��o dos recursos.

Segundo ela, a cidade foi contemplada para receber cerca de R$ 30 milh�es do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) das Cidades Hist�ricas, mas a previs�o de que o dinheiro come�asse a chegar no ano passado n�o se concretizou. “J� enviamos o projeto da Igreja de Santo Ant�nio de Pomp�u para o Instituto de Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan), mas a reforma ainda n�o foi autorizada. Outras igrejas est�o dentro do PAC. Vamos cobrar esse recursos nos pr�ximos dias”, afirmou. A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa do Iphan, mas ningu�m foi localizado ontem.


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