Laudo n�o aponta culpados no desabamento no Buritis

Seis problemas podem estar entre as causas da movimenta��o de terra na Rua Laura Soares Carneiro, no Bairro Buritis, Regi�o Oeste de Belo Horizonte, onde ocorreu o desabamento do Edif�cio Vale dos Buritis, a demoli��o de um dos pr�dios do Condom�nio Art De Vivre e a interdi��o de outro. As poss�veis raz�es ser�o apresentadas hoje pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG). Elas t�m como base an�lises do Instituto Brasileiro de Avalia��es e Per�cias de Engenharia ( Ibape-MG) sobre dois laudos entregues ao conselho pelas construtoras. O laudo t�cnico, no entanto, n�o � conclusivo e n�o aponta respons�veis pelos danos aos im�veis.

“O que ocasionou o desabamento foi o deslocamento do maci�o de terra que foi potencializado pela presen�a da �gua no solo e pela declividade acentuada. A origem dos fatores pode estar entre as seis causas listadas no relat�rio”, diz o presidente do Ibape, Frederico Correia Lima Coelho.

Na lista adiantada por ele est�o defici�ncias no sistema de microdrenagem da rua, movimenta��es de terra anteriores, abatimento de parte da rua, compacta��o inadequada de reaterro de vala e corte de terreno no fundo dos edif�cios, al�m da exist�ncia de nascentes de �gua at� 200 metros no entorno.

MORADORES

A divulga��o do documento, entretanto, n�o � vista com empolga��o pelos moradores do Vale dos Buritis. Segundo a advogada Karen Myrna Castro Mendes Teixeira, o laudo n�o interfere no andamento processual. “Quando o juiz determinou que o Crea se manifestasse, ele informou que n�o teria a prerrogativa de apresentar laudos em ju�zo. Um posicionamento agora pode causar mal estar entre as partes”, disse.

A defesa da Estrutura Engenharia aposta em uma sequ�ncia de erros no sistema de drenagem da rua, na rede de abastecimento de �gua e no corte do terreno. “Foram circunst�ncias j� existentes, agravadas pelas fortes chuvas. N�o h� erros construtivos”, garante o advogado Eduardo Cordeiro.

Enquanto isso, os moradores afetados est�o em im�veis alugados. O processo judicial est� na fase de avalia��o pericial. Segundo a Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), os trabalhos para conten��o no talude da encosta foram iniciados. O prazo para a conclus�o da obra � de 30 dias e o custo estimado � de R$ 800 mil. A Sudecap descarta a constru��o de uma rede de drenagem subterr�nea na rua dos pr�dios. (VL)