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Estado de Minas

Alarmes de igrejas s�o religados �s pressas em Minas

Fazenda colonial com capela adornada por elementos atribu�dos a mestres do barroco, tombada pelo estado e pela Uni�o, est� sem prote��o por falta de funcion�rios


postado em 18/02/2012 06:00 / atualizado em 18/02/2012 07:14

Capela integrada à varanda abriga painéis de Mestre Athayde. Telhado do engenho passa por restauração(foto: FOTOS: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Capela integrada � varanda abriga pain�is de Mestre Athayde. Telhado do engenho passa por restaura��o (foto: FOTOS: Cristina Horta/EM/D.A Press)

O acervo de um importante patrim�nio de Minas, tombado n�o s� pelo estado, mas tamb�m pela Uni�o, est� entregue � pr�pria sorte. Um casar�o colonial constru�do no fim do s�culo 18 e inaugurado em 1822, sede da Fazenda Boa Esperan�a, na Regi�o Central do estado, est� sem funcion�rio para vigil�ncia desde dezembro, quando o vigia local se aposentou. O Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha/MG), propriet�rio do im�vel, ainda n�o providenciou substituto para o funcion�rio e, embora a estrutura esteja em processo de restaura��o, as pe�as sacras do complexo est�o desprotegidas. A capela que fica na varanda da frente � uma verdadeira obra-prima, que encanta todos pela sua riqueza e aspecto singelo. Nela h� trabalhos de talha dourada e pain�is atribu�dos a Manoel da Costa Athayde, o Mestre Athayde (1762-1830). Tudo indica que o ret�bulo foi esculpido pelo portugu�s Francisco Vieira Servas (1720-1811).

A dona de casa Z�lia Teixeira Mendon�a, de 66 anos, � a vizinha mais pr�xima. Ela mora a 900 metros de dist�ncia e teme pela seguran�a do casar�o. “Se acontecer algum roubo l�, ningu�m vai ficar sabendo. � muito perigoso deixar aquela casa sozinha. A impress�o � de que ela est� abandonada”, disse.

Z�lia conta que o antigo vigia do lugar morava a 600 metros da fazenda e passava o dia na casar�o. “Ele e a mulher sempre retornavam � noite para ver se estava tudo bem. Ele limpava o p�tio e a mulher fazia faxina na casa e limpava a capela. Agora, o mato est� crescendo em volta”, disse Z�lia. “Tenho muito medo de assalto aqui na regi�o. Quando meu marido sai de casa e fico sozinha, tranco tudo”, disse.



A fazenda tamb�m � tombada pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan), desde 1959. Quem chega ao lugar, a seis quil�metros do Centro do munic�pio mais pr�ximo, n�o deixa de se impressionar com a grandiosidade do monumento hist�rico e paisag�stico, considerado pal�cio rural desde os tempos do seu fundador, senhor de mais de 900 escravos que trabalhavam na minera��o de ouro e agricultura. Logo na entrada, no meio do extenso p�tio gramado, duas frondosas sapucaias d�o boas-vindas aos visitantes, convidando ao sil�ncio, comunh�o com a natureza e contempla��o do engenho de pedra (paiol) e da bela capela. A varanda dos fundos tem 36 metros de comprimento e 2,5 metros de largura e esteiras coloridas de taquara no forro. Ao todo, s�o 24 c�modos, totalizando 45 portas.

Durante a semana, o casar�o tem a prote��o de seis funcion�rios de uma empresa contratada para trocar o telhado do antigo engenho, mas nos fins de semana e feriados o local fica deserto. “O estado ficou de mandar outro vigia, mas at� hoje, nada”, disse um dos carpinteiros. O telhado do engenho ganhou nova estrutura em madeira e telhas que imitam as antigas, com um investimento de R$ 319 mil.
 


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