A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai investigar se houve abuso durante um trote de alunos do curso de Turismo, no Instituto de Geoci�ncias (IGC), nesta quinta-feira. Alguns estudantes relataram que duas calouras chegaram a ser amarradas a um poste. Veteranos tamb�m teriam se vestido de policiais militares e colocado camisinhas na ponta de cassetetes, obrigando os novos universit�rios a chupar o objeto. A a��o assustou algumas pessoas que passavam pelo campus. Os estudantes, no entanto, garantem que n�o houve excessos e que tudo n�o passou de uma brincadeira.
O diretor de assuntos estudantis da universidade, Lu�s Guilherme Knauer, disse que chegou ao local e n�o constatou qualquer abuso. “Quando soubemos o que estava acontecendo, a seguran�a foi acionada e acompanhou os alunos para ver os procedimentos. Fomos at� o local e as coisas que foram relatadas n�o estavam acontecendo. De qualquer maneira, por causa da gravidade da den�ncia, estamos instalando uma sindic�ncia a partir de amanh� (sexta-feira)”, afirma.
Aluna do 8º per�odo de Turismo, Ana Paula Santos Rodrigues participou da recep��o aos calouros e conta que esse trote j� � tradicional no curso. “ N�o houve abuso. T�m seguran�as da UFMG aqui e todos est�o conscientes. Os calouros n�o sabiam do trote, mas tiveram a op��o de n�o participar”, relata.
Segundo ela, os calouros foram pintados e sujos de terra e farinha. Durante o trote, os guardas da universidade acompanharam e chamaram para conversar com veteranos que se excediam na comemora��o, evitando abusos. Rodrigues n�o organiza os trotes, mas participa h� quatro anos e afirma que nunca houve problemas.
Outros estudantes do curso, que j� estiveram no lugar dos calouros, tamb�m relataram que foi tudo brincadeira. Houve um momento de juramento dos novos alunos, uma esp�cie promessa na qual oferecem obedi�ncia eterna aos veteranos. Conforme os relatos, os novos universit�rios toparam participar do “teatro”, sem levar a s�rio.
A UFMG informou que trotes dentro do campus s�o proibidos h� pelo menos 15 anos. A universidade informou que se algum aluno se sentir mal com as brincadeiras pode procurar a Diretoria de Assuntos Estudantis (DAE) e denunciar.
(Com informa��es de Luana Cruz)