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Estado de Minas

Aterro � solu��o superada


postado em 25/03/2012 07:04 / atualizado em 25/03/2012 08:07

A situação do depósito de Divinópolis em 2009, com catadores disputando restos, e hoje: avanço não foi suficiente para cumprir exigências (foto: NANDO OLIVEIRA/ESP. EM/D.A PRESS)
A situa��o do dep�sito de Divin�polis em 2009, com catadores disputando restos, e hoje: avan�o n�o foi suficiente para cumprir exig�ncias (foto: NANDO OLIVEIRA/ESP. EM/D.A PRESS)

A constru��o de aterros sanit�rios, embora nem sequer tenha se tornado universal no estado, j� � solu��o pr�xima da aposentadoria. Ningu�m bate o martelo sobre o prazo de fal�ncia do modelo, mas as articula��es e interesses de empresas do setor mostram que novas tecnologias, como o incinerador de res�duos s�lidos, s�o a bola da vez. Nas �ltimas semanas, uma equipe do governo japon�s esteve em Minas para apresentar a opera��o de rejeitos no pa�s asi�tico, feita com um megaincinerador, e conhecer o trabalho mineiro. J� tem prefeitura de olho na novidade e a mudan�a de estatuto da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), que al�m de �gua e esgoto poder� gerir o lixo, d� a dimens�o de que novos tempos est�o por vir.

A Funda��o Estadual do Meio Ambiente (Feam) j� se preparou e tem na gaveta todos os termos de refer�ncia para licenciamento nesses moldes. “Poderemos usar aterro sanit�rio por mais um tempo, mas no futuro teremos que pagar pela incinera��o”, destaca o gerente de Res�duos S�lidos Urbanos da Feam, Francisco Pinto da Fonseca. A experi�ncia japonesa � ainda cara para os cofres que n�o conseguiram fazer nem o b�sico: queimar uma tonelada de res�duos custa o equivalente a R$ 300 ao poder p�blico, valor que, no Jap�o, cai pela metade com a venda dos sacos de acondicionamento. No Brasil, levar o lixo para aterro sanit�rio custa entre R$ 40 e R$ 80 por tonelada.

Se um munic�pio decidisse instalar um incinerador, demoraria cerca de sete anos, entre projeto, licenciamento e fabrica��o do equipamento. Para atender uma popula��o de 1 milh�o de habitantes, a conta ficaria entre US$ 200 milh�es e
US$ 300 milh�es, enquanto um aterro para a mesma demanda sai por cerca de R$ 15 milh�es. “Mas os resultados s�o diferentes, porque o aterro fica a�, como um passivo ambiental e nada sustent�vel”, ressalta Fonseca.

Para ele, outro aspecto deve ser levado em conta quando o assunto � a administra��o dos res�duos urbanos: os catadores de material recicl�vel, que dever�o continuar tendo sustenta��o. Afinal, lixo hoje � uma quest�o t�o ambiental quanto econ�mica e todos querem entrar nesse fil�o, como explica o diretor-geral da Ag�ncia de Desenvolvimento da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, Camilo Fraga: “� um neg�cio lucrativo. H� a tarifa p�blica, que � a principal receita, pois munic�pio e estado pagam por tonelada, e outras duas importantes, que s�o a gera��o de energia el�trica ou a venda de combust�veis, como g�s metano, e de cr�dito de carbono. � um mix de tr�s receitas que d� viabilidade ao projeto”.

Prova disso � o interesse da Copasa nesse meio. A posi��o oficial � de que nada est� concretizado e h� apenas estudos e negocia��es com munic�pios. Mas, nos bastidores, os coment�rios de que a estatal est� disposta a entrar com tudo nos mercados em que j� presta servi�o de �gua e esgoto s�o fortes. Os alvos imediatos seriam munic�pios de pequeno porte do Sul do estado. Outra vantagem � o fato de poder operar sem participar de licita��o, por se tratar de empresa p�blica. “Temos capacidade e experi�ncia, mas o tipo de tecnologia a ser implementado ser� negociado caso a caso, e depender� da disposi��o e da capacidade de pagamento do munic�pio. Por enquanto, s�o s� conversas, mas o prazo (da Lei 12.305) est� vencendo e as cidades est�o ficando mais apertadas”, disse o coordenador de Projetos Estrat�gicos – Gest�o de Res�duos S�lidos, Ronaldo Matias.


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