A Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) voltou a reprovar um medicamento produzido pela empresa Hipolabor Farmac�utica Ltda. Desta vez, o �rg�o interditou em todo pa�s um lote do medicamento Carbonato de L�tio 300 mg, por apresentar resultado insatisfat�rio no ensaio de dissolu��o. No ano passado, outro medicamento da empresa, o Parinex (heparina s�dica), foi suspenso no territ�rio nacional por n�o preencher os padr�es de qualidade. A empresa chegou a ser alvo de investiga��es no ano passado e os s�cios foram denunciados por homic�dio, tr�fico de drogas, sonega��o fiscal, lavagem de dinheiro, forma��o de cartel para fraude em licita��es, adultera��o de f�rmulas e irregularidades na rela��o de consumo.
Segundo a Anvisa, a interdi��o do lote 1220/10 do Carbonato de L�tio 300 mg, comprimidos, fabrica��o 10/2010 e validade 9/2012, vale pelo per�odo de 90 dias.Durante esse tempo, de acordo com o �rg�o, o produto interditado n�o deve ser utilizado ou comercializado.
A ind�stria de medicamentos afirmou que vai entrar com um pedido de per�cia de contraprova. Mas, para isso, tem que receber o laudo da an�lise fiscal, o que n�o foi feito at� as 17h desta ter�a-feira.
No ano passado, a Anvisa suspendeu a distribui��o, com�rcio e uso, em todo o pa�s, de todos os lotes do produto Parinex, tamb�m fabricado pela empresa. O medicamento, um anticoagulante indicado no tratamento de trombose era, inclusive, distribu�do pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS).
O rem�dio entrou para a lista de produtos suspeitos de provocar efeitos nocivos � sa�de humana, conforme indica no art. 7º, da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, que estabelece crit�rios para a emiss�o da suspens�o. Segundo a resolu��o da Anvisa, a Hipolabor n�o havia provado, por meio de estudos cl�nicos, a efic�cia e seguran�a para as indica��es terap�uticas do produto. Isso impediu que o medicamento tivesse registro renovado.
Investiga��o
Em abril do ano passado, a Pol�cia Federal deflagrou a Opera��o Panaceia, para investigar adultera��es de medicamentos. Os s�cios da Hipolabor foram presos e liberados poucos dias depois. Eles foram acusados pelo Minist�rio P�blico por pelo menos sete crimes.