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Estado de Minas

Mais seis mulheres reconhecem estuprador preso ap�s ser reconhecido por v�tima no Anchieta

A mulher reconheceu o homem 15 anos ap�s ser violentada


postado em 31/03/2012 07:20 / atualizado em 31/03/2012 12:53

Pedro Meyer Ferreira Guimarães, de 56 anos, pode ter feito mais vítimas(foto: TV Alterosa/Reprodução)
Pedro Meyer Ferreira Guimar�es, de 56 anos, pode ter feito mais v�timas (foto: TV Alterosa/Reprodu��o)
Mais seis mulheres j� procuraram a pol�cia para dizer que foram v�timas do acusado de estupro Pedro Meyer Ferreira Guimar�es, de 56 anos, preso na quinta-feira depois de ter sido reconhecido por uma jovem violentada por ele h� 15 anos no Bairro Cidade Nova, Regi�o Nordeste de Belo Horizonte. Mas o n�mero de v�timas pode ser ainda maior, segundo avalia a delegada Margaret de Freitas Assis Rocha, chefe da Delegacia de Mulheres. “Com o surgimento de mais den�ncias, acredito que n�mero de mulheres agredidas por Pedro pode ultrapassar 10 casos”, disse a policial.

As mulheres que acusam o homem de estupro entraram em contato com a pol�cia ontem, depois da divulga��o das imagens do preso. Elas disseram ter sido violentadas na mesma �poca em que ocorreu o ataque no Cidade Nova. Os estupros ocorreram em diferentes regi�es da cidade. Relataram ainda conhecer outras mulheres tamb�m agredidas por Pedro. At� o momento, nenhuma das v�timas compareceu � pol�cia para prestar depoimento, o que deve ocorrer na pr�xima semana.

Margaret de Freitas afirmou que o trabalho de esclarecimento de todos os casos que tenham o envolvimento de Pedro vai ser intensificado. “Vamos refor�ar as investiga��es, colher o depoimento dessas poss�veis v�timas e voltar a ouvir o Pedro. Vamos tomar o depoimento dele ainda muitas vezes porque estimo que o n�mero de mulheres estupradas possa passar de 10”, refor�ou a policial.

Diante das novas den�ncias, a delegada diz ser poss�vel tra�ar um perfil das v�timas. “Todas s�o mulheres que est�o na faixa et�ria de 25 a 35 anos, o que leva a crer que as investidas dele eram contra crian�as e adolescentes”, afirma. A delegada n�o descarta a possibilidade de que o suspeito tenha continuado a atacar mulheres at� os dias de hoje. “Al�m do caso h� 15 anos, ele confessou ainda dois estupros. Um em 1995. Vamos investigar para saber de outros casos”, completou.

Pedro foi reconhecido quarta-feira no Bairro Anchieta, Regi�o Centro-Sul da capital, quando a jovem atacada por ele em 1997 passava de carro e o viu. Coincidentemente, v�tima e estuprador moravam pr�ximos. A mulher seguiu o agressor, o viu entrar em um pr�dio e avisou seu pai, que chamou a Pol�cia Militar.

Os militares conduziram o suspeito at� a Delegacia de Mulheres, onde foi feita a identifica��o oficial. Ele teve a pris�o preventiva decretada e foi levado para o Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) S�o Crist�v�o, onde permanece detido.

Perfil

Vizinhos de Pedro Meyer tra�aram ontem um perfil do acusado. “Ele sempre foi uma pessoa estranha. N�o olhava nos olhos da gente e andava sempre de �culos escuros e de bon�. Nunca comentava sobre assuntos pessoais ou sobre a fam�lia. Foi meu cliente por mais de 20 anos e nem sei onde ele mora. Mas fiquei assustada quando soube da pris�o”, contou Maria do Carmo Gon�alves, de 42 anos, dona de uma banca de revistas pr�xima � casa do acusado. Ela disse que n�o imaginava que o antigo cliente fosse capaz dos atos denunciados ontem. “Tive que ver a foto dele nos jornais para acreditar. Foi a primeira vez que o vi sem bon� e �culos. Acho que esses acess�rios eram inclusive usados para que n�o fosse reconhecido facilmente”, contou Maria.

O motorista de um restaurante pr�ximo � resid�ncia tamb�m relatou o comportamento reservado de Pedro. “Era muito calado. Nunca veio aqui. N�o o via com amigos. S� sa�a de casa de vez em quando. N�o era muito de circular.” Por telefone, uma sobrinha de Pedro disse que a fam�lia est� assustada com as den�ncias, que n�o vai se pronunciar sobre o assunto, mas afirmou que acredita na inoc�ncia do tio.

Dois ataques por dia na Grande BH

Pelos menos duas mulheres s�o estupradas na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte a cada 24 horas. Essa � a estimativa da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) com base nas estat�sticas dessa modalidade de crime violento, que em 2011 vitimou 764 mulheres da Grande BH. A capital concentrou praticamente metade dos casos e foi respons�vel por 364 ocorr�ncias. Em 2010, o n�mero foi ainda maior e a m�dia de mulheres violentadas sexualmente foi de 2,69 por dia. No per�odo, foram lavrados 982 boletins de ocorr�ncia com hist�rico de estupro, sendo que 479 tiveram origem em BH.
Apesar da redu��o em 2011, a delegada Margaret de Freitas Assis Rocha, chefe da Delegacia de Mulheres, afirma que os n�meros ainda s�o altos. “Em 2010 tivemos aumento nos casos de estupro, reflexo de uma mudan�a na tipifica��o dos casos de atentado violento ao pudor, que passaram a ser tratados como estupro. E, mesmo com a queda do ano passado, a realidade ainda assusta tendo em vista a viol�ncia do crime”, disse.

A delegada informou que os dados podem ser mais expressivos, j� que muitas mulheres t�m vergonha de denunciar. E, ao falar da subnotifica��o, encoraja as v�timas. “� preciso que essas situa��es sejam denunciadas. Tal viol�ncia n�o pode ficar impune, tendo em vista o trauma psicol�gico profundo que a v�tima sofre”, afirmou. Segundo ela, a delegacia tem se empenhado em dar respostas nos casos investigados. “O estupro de uma pessoa desconhecida leva tempo para investigar. � dif�cil dentro do universo de pessoas que existem na cidade”, disse.


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