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Estado de Minas

Al�m de rebite e �lcool, caminhoneiros usam estimulantes sexuais


postado em 06/05/2012 10:06 / atualizado em 06/05/2012 11:17

O coquetel explosivo de anfetaminas e �lcool usado por caminhoneiros que dirigem pelas estradas de Minas para se manter acordados por dias a fio inclui ainda estimulantes sexuais. Nos postos onde param para abastecer os ve�culos ou dormir depois de noites seguidas em claro, os condutores compram rem�dios para disfun��o er�til proibidos no Brasil, para manter rela��es sexuais com travestis e garotas de programa. O mix de subst�ncias agrava as condi��es de quem precisa dirigir. “Com a mistura, no final o caminhoneiro se torna muito ativo. Ligad�o mesmo. S� que a capacidade de interpretar os est�mulos sensoriais fica completamente distorcida, o que prejudica a dire��o na estrada”, considera o m�dico perito e professor da Faculdade de Ci�ncias M�dicas Leandro Duarte de Carvalho, coordenador da primeira pesquisa em Minas Gerais sobre o uso de anfetaminas por caminhoneiros.

Embora o estudo n�o tenha abordado o uso de estimulantes sexuais, na condi��o de m�dico o especialista explica que essas subst�ncias t�m propriedades vasodilatadoras que permitem as ere��es, mas t�m repercuss�o global no corpo. “Isso se agrava com o �lcool e as anfetaminas. H� quem tenha problemas at� no globo ocular, causando vis�o distorcida”, afirma o m�dico. “� uma condi��o cr�tica para acidentes graves. O �lcool e a anfetamina provocam altera��es na press�o arterial e no metabolismo. Isso � especialmente perigoso para quem toma um estimulante sexual, que n�o � recomend�vel para hipertensos e pacientes card�acos”, alerta.


Mesmo com os riscos, n�o � dif�cil encontrar quem tome esses coquet�is antes de subir na boleia. Em dois postos de abastecimento do Anel Rodovi�rio de Belo Horizonte e em uma borracharia de Contagem, na Grande BH, �s margens da BR-040, por exemplo, a equipe do Estado de Minas encontrou verdadeiras farras de �lcool e medicamentos.

Em Contagem, por exemplo, enquanto um grupo bebe cerveja e janta, dois condutores voltam da borracharia, que fica mais afastada, no fim do p�tio escuro onde motoristas fazem reparos nas carretas. � nesse lugar que tr�s borracheiros traficam drogas.
A dupla retorna com tr�s cartelas de rebites compradas a R$ 70 e os estimulantes sexuais, que custam R$ 10. As anfetaminas s�o na verdade rem�dios para controle de peso e s� podem ser vendidas com receita m�dica. Um dos homens bate no bolso, indicando aos amigos a encomenda que o grupo usar� para seguir viagem.

Um integrante do grupo se levanta e pede um “azulzinho”, como chamam os estimulantes sexuais, numa refer�ncia � cor da p�lula ilegal. “Vai tomar com �gua?”, pergunta o mais baixo. “�gua destilada, ‘rap�’”, responde o primeiro, mostrando a cacha�a. Segundo o Sindicato da Uni�o Brasileira dos Caminhoneiros, esse tipo de situa��o ocorre devido aos baixos pre�os do frete e �s duras jornadas. J� a CeasaMinas, onde foi feita a pesquisa da equipe da Faculdade de Ci�ncias M�dicas com os condutores, informou que tem v�rias a��es educativas e de est�mulo � sa�de dos caminhoneiros.


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