Depois de um ano e dois meses, a popula��o j� pode comemorar o fim das obras de revitaliza��o da Savassi, que come�aram em mar�o do ano passado e consumiram R$ 10,4 milh�es. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a data para a inaugura��o oficial ainda est� sendo definida, mas ela deve ocorrer amanh� ou sexta-feira. Ontem, os oper�rios fizeram testes em duas das quatro fontes instaladas nos quarteir�es fechados da Pra�a Diogo de Vasconcelos e lavaram as cal�adas que durante 14 meses ficaram ocupadas por entulhos e terra.
Mas antes mesmo de ser inaugurada a nova pra�a j� causa pol�mica entre os belo-horizontinos. Os amigos Marcelo Alvarenga, de 35 anos, e Daniela Batista, de 37, pararam para observar e comentar o novo visual da pra�a. “Horr�vel”, resumiu o publicit�rio Marcelo. “� um projeto feio, antiquado, os bancos parecem t�mulos. Parece que quiseram investir nas fontes e esqueceram o resto”, avaliou.
Mesmo assim, ele diz que a pra�a est� melhor em compara��o ao que era antes da reforma. “Mas, pelo tempo e pelo dinheiro gastos, poderia ter ficado mais bacana” A designer Daniela tamb�m achou que ficou melhor: “Criaram lugares para a gente se sentar, ficou mais atraente para passear”. Por�m… “Devia ter mais �rvores, mais verde. Achei tudo muito cinza”, comentou. J� a arquiteta Maria Bernadette Botelho, de 67 anos, tinha s� elogios: “Antes eu passava aqui apenas para fazer compras e pagar contas. Agora, venho s� passear. H� bancos para o pessoal se reunir, bater um papo, tocar um viol�o. Ficou bom de encontrar os amigos.”
A enfermeira �ngela Pederico, de 50 anos, moradora do Bairro S�o Pedro, ao ver uma das fontes funcionando em fase de teste, parou para admirar. “Ficou lindo! J� posso imaginar como ser�o os dias de ver�o com essa fonte. Passo aqui todos os dias para ir para casa. O ambiente agora � bem mais agrad�vel”.
O engenheiro paulista Fernando Pav�o, de 31, que vem a Belo Horizonte com frequ�ncia, tamb�m elogiou. “Ficou muito bonito. Mesmo num dia de chuva e frio a sensa��o � agrad�vel. Mesmo n�o sendo morador da cidade, � bom contar com esse tipo espa�o p�blico”, disse Pav�o. A universit�ria Rayssa Alexia, de 19 anos, concorda que a revitaliza��o deu outra cara � Savassi, mas questiona a necessidade da obra. “A fonte ficou bonita. Mas tenho d�vidas se era de fato necess�rio tamanho investimento. Para mim, at� agora penso que foi uma obra desnecess�ria”, reclamou.
Reforma
Com projeto de revitaliza��o, a Pra�a Diogo de Vasconcelos ganhou cal�ad�es nos trechos adjacentes � pra�a, cal�adas mais largas com revestimento de placas pr�-fabricadas e pedra portuguesa e uma eleva��o de pista no cruzamento das avenidas Get�lio Vargas e Crist�v�o Colombo para travessia de pedestres. Tamb�m foram feitas adequa��es das redes de drenagem de �gua e esgoto, sistema de irriga��o e adequa��o das redes l�gicas das concession�rias de servi�os p�blicos e privados, como telefonia e TV a cabo.
Al�m das quatro fontes e uma escultura no centro do cruzamento entre as avenidas Crist�v�o Colombo e Get�lio Vargas, foi elaborado um novo projeto paisag�stico de canteiros e jardineiras e instaladas novas lixeiras, bancos, telefones p�blicos, biciclet�rio, bases para bancas de revistas, totens de ilumina��o e sem�foros.
Totens com nome errado
A Pra�a da Savassi ser� inaugurada com seu nome de batismo escrito errado. Mat�ria publicada pelo EM no final de mar�o j� alertava para o erro de grafia em um dos postes de a�o escovado instalados pela na pra�a, onde grafou-se Diogo Vasconcelos, sem o "de". A Secretaria Municipal Adjunta de Regula��o Urbana informou que faria um estudo e, se comprovado o erro, faria a troca. Ao que tudo indica, se a pesquisa foi feita, o Dicion�rio Biogr�fico de Minas, a Revista do Arquivo P�blico Mineiro ou mesmo a Wikip�dia n�o foram consultados. A revista grafa Diogo Lu�s de Almeida Pereira de Vasconcellos, respeitando grafia original do s�culo 19, forma tamb�m adotada na Wilkip�dia. J� o dicion�rio adota Vasconcelos em vez de Vasconcellos. Mas em nenhuma das publica��es o nome perdeu o "de". Apenas nos totens da PBH.