
A chefe da Divis�o Especializada de Atendimento da Mulher, do Idoso e do Portador de Defici�ncia da capital, delegada Margareth Rocha, apresentou nesta quinta-feira detalhes do primeiro inqu�rito policial que incrimina o ex-banc�rio Pedro Meyer, de 57 anos, acusado por 16 mulheres de viol�ncia sexual. As agress�es teriam ocorrido entre 1990 e 1998.
Esse primeiro inqu�rito trata do estupro de uma menina que tinha 11 anos quando foi atacada em 30 de julho de 1997, no Bairro Cidade Nova, Regi�o Nordeste de Belo Horizonte. Em 28 de mar�o deste ano, Pedro foi reconhecido no Bairro Anchieta por essa v�tima, que hoje tem 26 anos. A partir de ent�o, ele foi apontado por outras mulheres como autor de abusos quando elas eram crian�as e adolescentes.
Segundo a delegada, uma carta escrita pela menina na �poca do crime foi fundamental para a solu��o do caso, que culminou com o indiciamento de Meyer por estupro e atentado violento ao pudor. Margareth Rocha precisou buscar o inqu�rito de 97, presidido por ela mesma, e que foi arquivado a pedido do pai da v�tima.

Passado e presente
A delegada levou essa carta para um exame grafot�cnico, que comparou a letra da v�tima no texto com outros escritos dela quando era crian�a. O teste provou a veracidade do documento, que se tornou elemento fundamental na investiga��o.
Todas as caracter�sticas descritas no texto s�o parecidas com as relatadas pelas outras v�timas. Portanto, a pol�cia vai usar a carta e o inqu�rito para a ajudar na acusa��o do ex-banc�rio em outros casos. At� o modelo do �culos descrito pela menina � o mesmo apreendido na casa de Meyer, em mar�o deste ano.
Provas
Na �poca do estupro, a pol�cia apreendeu pe�as �ntimas e roupas da menina que continham vest�gios de s�men. Mas, essas provas desapareceram e, segundo a delegada, poderiam ser usadas na investiga��o atual. Seria poss�vel fazer hoje um teste de DNA para comparar o material gen�tico de Meyer com as pistas encontradas na vestimenta da garota. Isso ajudaria a comprovar o crime, que para a pol�cia, j� est� com bastante evid�ncias.