Sem qualquer avan�o nas negocia��es, greve no metr� � mantida na capital

Segue mantido o impasse entre os metrovi�rios e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a greve da categoria, iniciada no �ltimo dia 14, ainda n�o tem previs�o para acabar. No come�o da noite desta ter�a-feira, representantes do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metrovi�rios e Conex�es de Minas Gerais (Sindimetro-MG) se reuniram, em Belo Horizonte, com o diretor-presidente da enmpresa, Francisco Colombo, numa tentativa de abrir o di�logo, mas n�o houve avan�os.

De acordo com a presidente do Sindimetro-MG, Alda Fernandes dos Santos, Colombo pediu que os metrovi�rios suspendessem a greve. “Ele pediu para suspendermos o movimento para podermos negociar com a empresa. Mas, n�o apresentou nenhuma proposta de negocia��o. �ndice zero de reajuste � inaceit�vel”, disse. Ela garantiu que a greve permanece por tempo indeterminado e que, at� decis�o contr�ria da Justi�a, ser� mantida a escala m�nima de funcionamento do metr� nos hor�rios de pico.

A CBTU esclareceu que a empresa n�o pode negociar apenas com os trabalhadores de Minas Gerais, uma vez que atua em outras quatro capitais, onde tamb�m h� greve. Nessa segunda-feira, em audi�ncia de concilia��o realizada no Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG), o desembargador Jo�o Bosco, que conduziu a audi�ncia, concluiu que o m�rito precisa ser julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Uma nova assembleia dos grevistas foi marcada para a pr�xima sexta-feira, quando ser�o discutidos os rumos do movimento. Nesta tarde a categoria se reuniu em assembleia e, em seguida, promoveu uma manifesta��o em frente ao Shopping Esta��o BH, durante inaugura��o do novo centro de compras que funciona em espa�o anexo � Esta��o Vilarinho do Metr�. O evento contava com a participa��o do diretor-presidente da CBTU, motivo pelo qual os trabalhadores se mobilizaram em protesto. Foi nesta oportunidade que Francisco Colombo se disp�s a receber o Sindimetro-MG.

Os metrovi�rios ainda aguardam a Justi�a se manifestar sobre o pedido apresentado nessa segunda-feira de que seja reduzida a escala m�nima imposta aos grevistas. A categoria se baseou na relut�ncia da CBTU em oferecer alguma proposta de reajuste para pedir que o tribunal reveja a determina��o de funcionamento integral do metr� nos hor�rios de pico. O recurso � analisado pelo 1º vice-presidente do TRT-MG, desembargador Marcus Moura Ferreira. Por enquanto, o metr� segue operando com 100% das viagens de segunda a sexta-feira entre 05h20 e 08h30 e das 17 �s 19h30. Aos s�bados s� ir� funcionar das 5h30 �s 09 h, enquanto no domingo n�o haver� funcionamento.

Os metrovi�rios reivindicam reajuste salarial de 5,74%, participa��o nos lucros e resultados, adicional noturno de 50%, al�m de plano de sa�de. A CBTU afirma que, por determina��o Departamento de Coordena��o e Governan�a das Empresas Estatais, do Minist�rio do Planejamento, n�o pode conceder nenhum tipo de reajuste. A empresa se recusa ainda a manter as cl�usulas do acordo coletivo que esteve vigente at� o dia 30 de abril deste ano.