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Estado de Minas

Plano de a��o para conter ataques a caixas eletr�nicos ainda n�o est� definido

Batalh�o de autoridades federais, estaduais e municipais se une em comit� para tentar dar resposta � onda de ataques a terminais banc�rios, mas estrat�gia n�o foi definida


postado em 17/06/2012 08:36

Servi�os policiais de intelig�ncia, Ex�rcito, Minist�rio P�blico, secretarias de estado de Defesa Social e da Fazenda e Prefeitura de Belo Horizonte. Um verdadeiro batalh�o de autoridades est� reunido em comit� criado na semana passada para tentar dar resposta � onda de ataques a caixas eletr�nicos em Minas Gerais. O grupo se reuniu pela segunda vez na sexta-feira, mas o esperado plano de a��o com o objetivo de neutralizar a amea�a ainda n�o foi apresentado.

Na Divis�o de Opera��es Especiais (Deoesp), o delegado chefe Vicente Ferreira Guilherme informa haver um grupo de estudos especialmente formado para desvendar o “fen�meno caixa eletr�nico”. “S�o 15 pessoas, entre delegados, peritos, investigadores e escriv�es. Se acontece um crime agora, o perito vai l� e o grupo todo se re�ne depois: o pessoal da f�sica, da qu�mica, da l�gica e da biologia”, explica o policial.

O grupo, segundo o chefe da Deoesp, tenta responder a perguntas b�sicas sobre como aconteceu o crime. “Uma resposta j� temos: os crimes acontecem sempre depois do hor�rio banc�rio, pois n�o h� o inc�modo de pessoas chegando. � noite, o tr�nsito � menor e a facilidade de fuga � maior. O policiamento ostensivo tamb�m � maior durante o dia. H� helic�pteros e mais pessoas se movimentando”, diz o delegado. “Estamos partindo do crime para chegar ao criminoso e tentar prender as quadrilhas”, acrescentou.

O l�der da maior organiza��o criminosa, segundo ele, j� est� atr�s das grades. O traficante Marcos Maciel da Silva Queiroz, o Marquinho, de 28 anos, � natural de Guarulhos (SP), morava em Contagem, na Grande BH, e foi preso em Vit�ria (ES). “Ele � peixe grande, temido pela pr�pria quadrilha”, informou o delegado.

Ranking

O Tri�ngulo Mineiro tem sido a regi�o mais visada pelas quadrilhas de ataques a caixas eletr�nicos, principalmente Uberl�ndia, onde a m�dia � de dois assaltos por semana. Logo depois no ranking de explos�es est� Betim, seguida de Contagem, ambas na Regi�o Metropolitana de BH, mas os crimes t�m aumentado consideravelmente tamb�m no Sul e Centro-Oeste do estado. “O Tri�ngulo � mais visado pela proximidade com divisas estaduais. Prendemos uma quadrilha que tinha envolvimento com paulistas”, exemplificou o delegado-chefe do Deoesp.

O policial faz um apelo � popula��o, pedindo informa��es, ainda que an�nimas, sobre suspeitos. “A pol�cia � o bra�o forte da sociedade, mas os cidad�os s�o os olhos. Se meu vizinho modifica o padr�o de vida dele, se n�o trabalha e passa a comprar carros, ou se tem alguma pessoa entrando num banco depois das 22h, quando o atendimento j� foi encerrado, a� tem alguma coisa errada”, disse. “� s� a pessoa ligar para o telefone 181 e avisar, sem se identificar. Querer que a pol�cia esteja em todos os lugares ao mesmo tempo � imposs�vel”, completa.

Antes, segundo Vicente, os ladr�es tinham a preocupa��o de fechar a frente do banco com lona e tapumes, para simular uma obra. Agora, est�o invadindo os locais com carros. “D�o r� e derrubam a porta. N�o diria que isso � ousadia, mas falta de planejamento. A chance de serem descobertos � muito maior.”

Quinzena quente

Ataques este m�s

Dia 1º – Dois caixas v�o pelos ares, um em Juatuba, na Grande BH, e outro em Abadia dos Dourados, no Alto Parana�ba. Nesse �ltimo, o dinheiro n�o foi levado.

Dia 2 – Ladr�es usam ma�arico para abrir uma m�quina de autoatendimento na Avenida Abrah�o Caran, na Pampulha, Belo Horizonte. Para n�o chamar a aten��o, tamparam os vidros da porta e da fachada com uma lona cinza. O alarme disparou antes de o cofre ser aberto e o dinheiro n�o foi levado.

Dia 3 – Ladr�es chegam a colocar bananas de dinamite em caixa de uma ag�ncia banc�ria do Bairro Novo Eldorado, em Contagem, mas n�o conseguiram detonar o explosivo nem abrir a m�quina.

Dia 4 – Tr�s homens encapuzados explodem um caixa eletr�nico em Uberl�ndia, no Tri�ngulo, mas n�o conseguem atingir o cofre.

Dia 5 – Bando invade ag�ncia} banc�ria em Cora��o de Jesus, a 70 quil�metros de Montes Claros, Norte de Minas. Usando p�s de cabra e furadeira, leva R$ 241 mil de cinco caixas.

Dia 6 – Cem quilos de dinamite e acess�rios s�o furtados da Cros Minera��o, na BR-135, em Montes Claros, Norte de Minas.

Dia 7 – Foram tr�s ataques. Em Betim, Grande BH, tr�s homens explodem caixa eletr�nico de uma farm�cia no Bairro Amazonas. Os ladr�es usaram dinamite demais e a loja tamb�m foi destru�da, mas o cofre da m�quina permaneceu intacto. Outros terminais foram explodidos em Jacutinga, Sul de Minas, e em Varzel�ndia, no Norte. Nos dois casos, os ladr�es tamb�m escaparam sem levar nada.

Dia 8 – Ladr�es destru�ram com dinamite um caixa da Avenida Jos� Faria da Rocha, no Bairro Eldorado, em Contagem.

Dia 12 – Carro � usado para arrombar as portas de a�o de uma drogaria no Bairro Kennedy, em Contagem. Ladr�es fogem sem levar nada, com a chegada de um vigia.

Dia 13 – T�tica semelhante � usada em Contagem, desta vez no Bairro Jardim Alvorada. A a��o foi toda filmada. Quatro homens armados derrubam a porta de outra drogaria usando um carro. Chegam a colocar dinamite na m�quina, mas o alarme dispara e eles fogem.

Dia 15 – Mais dois ataques. Um em Baldim, na Grande BH, e o outro em Itabira, Vale do A�o. Nos dois casos, os caixas foram destru�dos com dinamite, mas os ladr�es n�o conseguiram atingir a gaveta com o dinheiro e fugiram.

Palavra de especialista

Crise exige a��o imediata
LU�S FL�VIO SAPORI
Soci�logo
“� como estiv�ssemos lembrando os ataques a bancos no faroeste norte-americano do s�culo 19. � inadmiss�vel que o fen�meno esteja nessa propor��o e que as pol�cias, as estaduais, a Federal e o Ex�rcito, n�o tenham conseguido oferecer uma resposta para a sociedade. � impens�vel que at� o momento n�o se tenha conseguido controlar o furto dessas subst�ncias, e que os explosivos n�o tenham sido recuperados por uma boa investiga��o policial. A facilidade de conseguir dinamite ficou t�o grande que qualquer grupo de criminosos tem acesso. � um problema basicamente de evitar novos furtos, estancar a sangria de imediato e fazer um esfor�o de investiga��o para identificar onde est� esse material.”


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