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Estado de Minas

Bandidos amadores multiplicam n�mero de assaltos a caixas eletr�nicos

Cortina de fuma�a confunde a pol�cia: com atua��o de assaltantes inexperientes,"populariza��o" do crime dificulta investiga��o de grandes quadrilhas


postado em 17/06/2012 07:19 / atualizado em 17/06/2012 08:45

Em um estado por onde se espalham quase 700 mineradoras, pedreiras e outras empresas que armazenam explosivos, e no qual se estima haver mais de uma tonelada de dinamite nas m�os de criminosos, ataques a caixas eletr�nicos transformaram-se em um neg�cio de varejo, o que dificulta a investiga��o das grandes quadrilhas. Aproveitando-se da cortina de fuma�a erguida pelos pequenos ladr�es, organiza��es criminosas continuam desafiando a pol�cia, que diz ter identificado 18 dos chamados “peixes grandes”, mas que conseguiu p�r apenas oito atr�s das grades.

Comparando os tr�s primeiros meses de 2011 com o mesmo per�odo de 2012, os n�meros de ataques �s ag�ncias e m�quinas de autoatendimento passaram de 34 para 73 no estado, um aumento de 115%. De janeiro a maio deste ano, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), foram 127 caixas eletr�nicos destru�dos com explosivos ou arrombados com p�s de cabra e ma�aricos. Somente no m�s passado foram 26 terminais destru�dos, mas junho j� come�ou quente, com 13 crimes em 15 dias, totalizando at� sexta-feira 140 ocorr�ncias, ou um ataque a cada 28 horas no estado.

Levantamento da Pol�cia Civil revela que assaltantes est�o migrando da saidinha de banco (que caiu 6,9% na capital nos quatro primeiros meses do ano, mas que rendeu R$ 1,5 milh�o aos bandidos, segundo a PM) para a explos�o de caixas. “� um crime que est� acontecendo no Brasil inteiro. � medida que v�o sendo divulgados os ataques, mais pessoas fazem”, diz o chefe da Divis�o de Opera��es Especiais (Deoesp), delegado Vicente Ferreira Guilherme.

No in�cio da onda de ataques, observa o policial, os bandidos usavam certa quantidade de dinamite e conseguiam o objetivo de abrir os terminais, mas o crime se “popularizou” tanto que ladr�es sem experi�ncia em explosivos mandam tudo pelos ares e acabam n�o levando nada. “O ladr�o acha que est� f�cil, vai l� e faz. Nem todos esses caixas foram atacados por pessoas que sabiam usar dinamite, tanto que a maioria dos ambientes foram destru�dos sem que eles conseguissem levar o dinheiro”, disse. Em outros casos, segundo o delegado, assaltantes tentaram abrir o caixa com ferramentas como picaretas. “Acham que � como quebrar um porquinho de guardar moedas”, conta.

O com�rcio reagiu como podia � explos�o de ataques: supermercados, lojas e farm�cias come�am a romper acordos com bancos e exigir a retirada das m�quinas de autoatendimento, temendo preju�zos com as explos�es e amea�as a clientes e funcion�rios. O delegado Vicente explica que � mais f�cil para o ladr�o atacar um ponto comercial do que um banco. “O que era um atrativo para os donos de farm�cias e supermercados virou um perigo”, disse o policial.

A primeira iniciativa da Pol�cia Civil para conter a onda de ataques foi pedir apoio ao Ex�rcito e � Pol�cia Federal para rastrear a origem dos explosivos. O foco s�o mineradoras e pedreiras que t�m autoriza��o para comprar os produtos controlados. Delas estaria saindo a principal “ferramenta” dos assaltantes, que, com as explos�es, acabam obrigando os investigadores a apurar os roubos de dinheiro e tamb�m da dinamite.

C�meras de seguran�a flagraram os bandidos em a��o em diferentes cidades mineiras. Veja:
 
Jo�o Monlevade


Contagem



Betim



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