
Com base nos inqu�ritos instaurados, a Delegacia Especializada em Armas e Muni��es (Deame) conclui que pelo menos 1.043 quilos de dinamite furtados est�o em poder de criminosos. Mas o que mais preocupa � o “material flutuante”, um estoque nem sempre bem guardado, cuja dimens�o nem a unidade nem o Ex�rcito – que fiscaliza a produ��o e venda dos materiais pelas ind�strias – conhecem.
Empresas de demoli��o e construtoras de estradas n�o devem ter estoque de explosivos e adquirem apenas a quantidade necess�ria para determinadas interven��es. Quando h� sobras, n�o podem devolver ao fornecedor, nem estocar o produto: tudo deve ser detonado. No entanto, a Pol�cia Civil tem encontrado nessas empresas o que chama de material flutuante. “Fiscalizamos recentemente uma empresa em Nova Era (Vale do A�o) e no estoque havia material que sobrou de uma dessas obras. Comunicamos a irregularidade ao Ex�rcito, que foi l� � instaurou procedimento”, conta o investigador Eber Alexandre.
Para a Pol�cia Civil, s�o 689 empresas registradas para o uso de explosivos, mas o n�mero pode n�o coincidir com o do Ex�rcito. “H� empresas que desconhecem a obriga��o de registro junto � Pol�cia Civil. O Brasil � dividido em 12 regi�es militares do Ex�rcito. Minas � vinculada � 4ª Regi�o Militar, mas o Tri�ngulo Mineiro pertence � 11ª Regi�o de Bras�lia. H� empresas no Tri�ngulo que t�m registro na Deame, mas que n�o s�o cadastradas no Ex�rcito de Minas”, explica Eber.
Ofensiva
� sombra das falhas no cadastramento crescem os furtos de dinamite (veja mapa). Em uma �nica mineradora de Contagem, Grande BH, em apenas um furto, em 21 de maio, foram levados 364 quilos de explosivos. “V�rias empresas j� foram fiscalizadas sem aviso pr�vio. O Ex�rcito est� fechando aquelas que n�o cumpriram as determina��es legais de compra e armazenamento”, disse Vicente Guilherme, lembrando que uma equipe especial foi criada para fiscalizar mineradoras, pedreiras e laborat�rios que armazenam explosivos em Minas.
Febraban n�o contabiliza perdas
A Federa��o Brasileira de Bancos de Bancos (Febraban) diz n�o centralizar informa��es sobre preju�zos e quantidades de ag�ncias que sofreram ataques. Segundo a entidade, os bancos investem anualmente em seguran�a cerca de R$ 10 bilh�es, montante tr�s vezes superior ao do in�cio da d�cada. “Esses investimentos crescentes, aliados a uma s�rie de medidas preventivas, produziram redu��o expressiva dos assaltos no Brasil nesta d�cada, da ordem de 82%”, informou a reprentante do setor. No pa�s, segundo a federa��o, s�o quase 180 mil terminais de autoatendimento, segundo os �ltimos dados dispon�veis, do fim de 2010. Desse universo, 46,5 mil est�o fora das ag�ncias. “O total de caixas em pontos p�blicos aumentou 43%, o que refor�a a busca por ampliar a conveni�ncia para seus clientes”, informa.