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Estado de Minas

Dados divulgados pela PM melhoram, mas popula��o percebe aumento de crimes

Enquanto a comunidade do Mangabeiras denuncia onda de criminalidade confirmada por empresa de seguran�a, batalh�o respons�vel pela �rea divulga queda na viol�ncia


postado em 18/07/2012 06:00 / atualizado em 18/07/2012 06:57

Apesar do aparato ostensivo de vigilância privada, moradores se queixam que se tornaram reféns dos assaltos(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Apesar do aparato ostensivo de vigil�ncia privada, moradores se queixam que se tornaram ref�ns dos assaltos (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

O medo de assalto que tira o sossego dos moradores do Bairro Mangabeiras, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, � reflexo de uma realidade apontada pelas estat�sticas da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). No ano passado, a capital registrou aumento de 12,88% nos crimes violentos contra o patrim�nio, como furtos e roubos. O Mangabeiras � atendido pela 127ª Companhia da PM, que j� havia registrado em toda a sua �rea de atua��o, de janeiro at� 23 de maio deste ano, aumento de 6% nos crimes violentos em rela��o ao mesmo per�odo de 2010. Os dados incluem bairros vizinhos como Serra, Belvedere e Sion. At� 23 de abril, foram 308 crimes de furtos, roubos e tentativas registrados na �rea da 127ª, contra 296 do mesmo per�odo de 2011.

A 127ª Companhia faz parte do 22º Batalh�o da PM, respons�vel pela seguran�a de 500 mil moradores de 52 bairros da Regi�o Centro-Sul e parte da Oeste, entre eles �reas nobres, como o Mangabeiras, Anchieta, Sion, S�o Bento e Santa L�cia. O geoprocessamento da PM, feito com base no endere�o das ocorr�ncias, n�mero de queixas e categoria de crimes cometidos, apontou que 70% dos casos registrados nesses bairros at� maio deste ano correspondiam a furtos e roubos.

Apesar das queixas de moradores, o comandante interino do 22º Batalh�o, major Cl�udio Dias, disse ontem que houve redu��o da criminalidade na sua �rea de atua��o. Ele sustenta que os furtos, roubos e arrombamentos no Mangabeiras diminu�ram 50% este ano em compara��o com o mesmo per�odo do ano passado, embora se recuse a informar os n�meros comparativos. “Em rela��o a toda a sub�rea da 127ª Companhia, que atende ainda o Sion, Serra, Anchieta e Cruzeiro, a tend�ncia tamb�m � de redu��o. Passou da estabilidade e houve redu��o de abril para c�”, disse o major.

Para garantir um pouco mais de tranquilidade, moradores do Mangabeiras recorrem a empresas de seguran�a privada, instalando alarmes eletr�nicos e cercas el�tricas em suas resid�ncias ou empresas. O gestor de Opera��es de uma das maiores representantes do ramo, Alisson Soares, conta que a firma trabalha atendendo disparos de alarmes em casas e lojas que contratam seus servi�os. O n�mero de ocorr�ncias de arrombamentos de im�veis, assaltos, tentativas de invas�o e abordagens de moradores mais do que dobrou nos �ltimos dois anos, segundo ele. “Precisamos refor�ar o nosso efetivo de trabalho no Mangabeiras, Belvedere e Cidade Jardim. A procura tem aumentado cada vez mais. N�o trabalhamos efetivamente com a seguran�a de ruas ou de bairros, mas tivemos que aumentar o n�mero de motos e de carros da empresa nesses tr�s bairros”, informou Alisson.

Oito casos

Para quem vive no Bairro Mangabeiras o clima de inseguran�a � constante. Na Rua Comendador Viana, por exemplo, onde um im�vel foi ontem alvo da tentativa de assalto, vizinhos das v�timas relatam dramas semelhantes. Segundo eles, mesmo tendo contratado servi�o de seguran�a privada h� cerca de um ano e meio, com ronda 24 horas, pelo menos oito assaltos ocorreram em diferentes resid�ncias nesse per�odo. “Pagamos caro, mas as ocorr�ncias de viol�ncia mostram que a vigil�ncia n�o est� funcionando. O clima no bairro ficou p�ssimo depois que essa onda de roubos come�ou. Estamos inseguros, com medo de entrar, sair e ficar em casa”, conta uma moradora de 68 anos, que teve a casa invadida por quatro assaltantes no s�bado. Ao relembrar os momentos de horror vividos por ela e pelo filho, ela conta que os ladr�es s� foram embora porque um rapaz na rua ouviu os gritos de socorro dela e chamou a pol�cia.

Na casa de uma das vizinhas, tamb�m aposentada, de 85 anos, at� para varrer o passeio � preciso coragem. “Minha empregada n�o quer mais ficar sozinha na porta de casa. Tem medo de ser assaltada”, conta. Segundo ela, h� cerca de tr�s meses o marido foi abordado por dois homens armados quando chegava em casa de carro. “Ele entregou o ve�culo, mas eles queriam mesmo era entrar em casa para roubar. Como algu�m na rua viu, desconfiou e chamou a pol�cia, eles fugiram sem levar nada”, disse.

 


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