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Estado de Minas

Assalto com ref�ns exp�e onda de crimes e espalha medo no Mangabeiras


postado em 18/07/2012 06:00 / atualizado em 18/07/2012 06:58

 

Placa na rua onde ocorreu o crime informa sobre monitoramento, que não intimidou ladrões. Maneira de agir indica que quadrilha provavelmente conhecia hábitos e posses da família(foto: cristina horta/EM/D.A PRESS)
Placa na rua onde ocorreu o crime informa sobre monitoramento, que n�o intimidou ladr�es. Maneira de agir indica que quadrilha provavelmente conhecia h�bitos e posses da fam�lia (foto: cristina horta/EM/D.A PRESS)


Uma rua aparentemente pacata, com guarita que informa sobre vigil�ncia armada e eletr�nica,  sinalizada por placa que indica monitoramento 24 horas. Nada disso foi suficiente para impedir mais um assalto no Bairro Mangabeiras, no que j� � classificado como uma onda de viol�ncia que assusta moradores. As �ltimas v�timas sofreram mais que perdas patrimoniais: enfrentaram momentos de terror sob amea�a de criminosos, em uma das �reas mais nobres da Regi�o Centro-Sul da capital. Assaltantes armados invadiram a casa,  na Rua Comendador Viana, e mantiveram pai e filho sob a mira de uma pistola autom�tica e um rev�lver. Foram cerca de 10 minutos de amea�as e agress�es. A situa��o s� foi contornada porque  o filho mais novo percebeu o momento que o pai foi rendido e ligou para a PM. Quatro ladr�es foram presos, mas a a��o n�o foi suficiente para contornar o medo de moradores, que cobram atitude mais en�rgica da Pol�cia Militar.

O ataque que contribuiu para aumentar a preocupa��o da vizinhan�a, j� claramente demonstrada pelas placas que informam sobre a seguran�a particular, come�ou por volta das 7h30. O dono da casa, que � engenheiro e tem 62 anos, mora com dois filhos no endere�o h� 10 anos e nunca tinha tido problemas com assaltos. Como faz diariamente, ele saiu de casa por volta das 6h30 para caminhar. Uma hora depois, quando colocou a chave para entrar em casa, foi abordado por dois homens que o empurraram para dentro e fecharam o port�o. “Ca� e eles anunciaram o assalto. Mandaram abrir a porta de dentro, mas, como a chave ficou do lado de fora do port�o, n�o podia fazer nada e eles come�aram a me agredir. Pensei v�rias vezes que morreria ali”, conta o engenheiro.

“Eles me chamaram de velho abusado e quebraram o vidro para entrar”, relatou o engenheiro. Os criminosos abriram o port�o da garagem e mais dois ladr�es entraram com um carro, roubado no Bairro S�o Lucas, Centro-Sul da capital. Os quatro criminosos come�aram a aterrorizar pai e o filho mais velho, de 32 anos, que tamb�m desceu para ver o que estava acontecendo. “Tomei um tapa na cara, mas n�o reagi. Meu pai ficou amarrado e eu fiquei do lado dele no quarto de h�spedes, enquanto eles pegavam tudo o que conseguiam. A todo momento pediam dinheiro”, relatou. Segundo o dono da casa, um dos criminosos perguntou se ele tinha alguma filha, provavelmente com a inten��o de cometer estupro. “H� pouco tempo aconteceu um caso desses aqui na regi�o, e eles tamb�m s�o suspeitos”, contou.

A fam�lia s� foi salva porque o outro filho do engenheiro percebeu o assalto logo no in�cio e conseguiu saltar para a casa vizinha, de onde telefonou para a pol�cia. A PM demorou menos de 10 minutos para chegar. “O interfone tocou e eles me mandaram atender. Disseram para eu falar que estava tudo bem, sen�o nos matariam”, acrescentou o irm�o mais velho. Por�m, enquanto os ladr�es se preparavam para encher o carro com material roubado, foram surpreendidos pelo erro de um dos comparsas. “Um deles apertou por descuido o bot�o que abre o port�o, o que facilitou nossa entrada. Eles correram para os fundos e pularam um muro de cerca de 10 metros de altura, caindo em um lote vago”, conta o sargento Jos� Ant�nio de Oliveira, do 22º Batalh�o.


Pris�o e covardia

Com o apoio de outras viaturas, a PM prendeu os quatro na Rua Adolfo Radice. Com eles foram apreendidos seis celulares, perfumes, duas armas, um estilete, rel�gio, muni��o e uma c�mera fotogr�fica. A pol�cia suspeita de que o bando esteja agindo na regi�o e vai fazer contato com outras v�timas no Mangabeiras, para tentar confirmar a hip�tese. Foram detidos Cristiano Dias Ramos Faria, de 18, Charles Felipe Pereira da Silva, de 20, Caique Moura dos Santos, de 18, e M., de 16. H� suspeitas de que eles j� estivessem rondando a casa, j� que o ve�culo roubado usado era exatamente igual ao carro de um dos moradores. Dessa forma, eles n�o levantariam suspeitas ao sair com o produto do roubo.

Entre os presos, que n�o se acanharam em exibir sorrisos ao serem apresentados pela pol�cia, um dos adultos, Caique Moura, tem passagens por homic�dio. O menor de 16 j� foi apreendido v�rias vezes, por crimes diversos, e estava com um mandado de busca e apreens�o em aberto.

Os assaltantes foram descritos pelas v�timas como extremamente violentos. “A covardia deles foi t�o grande que pensei que morreria. N�o tenho a m�nima inten��o de correr o risco mais uma vez, n�o quero enfrentar essa situa��o. Pretendo sair desta casa”, disse, com l�grimas no rosto, o engenheiro de 62 anos, que levou sete pontos na cabe�a e cinco no rosto, devido �s coronhadas. Seu filho que conseguiu chamar a pol�cia disse que o medo tem sido companheiro na vizinhan�a. “Todo dia a gente fica sabendo de alguma coisa nesta rua, ent�o sempre fico mais esperto. Parece que estamos s� esperando a nossa vez”, desabafa o estudante, dizendo que a casa dele � a 12ª roubada na via.


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