(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Pol�cia tenta identificar mulher que xingou menina de 4 anos de "preta horrorosa"

Ainda abalada, a m�e da crian�a, que tem diabetes, teve uma queda de press�o e precisou de atendimento


postado em 20/07/2012 15:16 / atualizado em 20/07/2012 15:45

Mãe diz que a filha não quer mais ir na escola porque ninguém gosta mais dela(foto: Euler Júnior/Em/D.A.Press)
M�e diz que a filha n�o quer mais ir na escola porque ningu�m gosta mais dela (foto: Euler J�nior/Em/D.A.Press)
 

A pol�cia vai come�ar a ouvir na pr�xima segunda-feira os envolvidos nas agress�es de cunho racista contra uma menina de 4 anos em uma escola infantil particular em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. A pol�cia tenta identificar a mulher que chegou � institui��o de ensino questionando os funcion�rios sobre o motivo de o neto dela ter dan�ado quadrilha "com uma negra e preta horrorosa". “Temos apenas o primeiro nome dela, que � Mariinha, mas os agentes est�o a campo para tentar encontr�-la”, afirma o delegado Juarez Gomes, da 4º Delegacia de Contagem.

Um inqu�rito foi instaurado para investigar o caso, ocorrido no �ltimo dia 10. A professora da garota, Denise Cristina Pereira de Arag�o, de 34 anos, pediu demiss�o da escola ap�s presenciar o fato. Ela procurou a fam�lia para denunciar o caso.

Segundo relatos da m�e da crian�a, a atendente de tele-marketing F�tima Viana Souza, a festa junina aconteceu em 7 de julho. E, como tradicionalmente acontece nas escolas, a filha dan�ou quadrilha com um colega de sala. No dia 10, a av� do menino, de acordo com o boletim de ocorr�ncia policial, invadiu a escola aos gritos querendo saber por que deixaram uma “negra horrorosa” dan�ar com o neto dela.

Mesmo dez dias ap�s os fatos, a situa��o vivida pela menina ainda revolta os familiares. Nesta sexta-feira, F�tima sofreu uma queda de press�o e teve de ser atendida na enfermaria do local onde trabalha. “Tive um mal estar muito forte. Eu sou diab�tica e n�o estou conseguindo comer direito por causa dessa situa��o toda. Hoje minha glicose baixou muito e eu fiquei tonta e senti muito tremor”, conta a atendente.

F�tima conta que a filha mudou o comportamento depois do epis�dio de racismo e n�o quer voltar mais para a escola. “Nessa quinta-feira ela chorou muito. Ficou falando que ningu�m da escola gosta dela, que n�o pode voltar para l�. Era um choro que vinha l� do fundo, muito triste”, diz a mulher. At� mesmo um costume carinhoso da m�e est� sendo ignorado pela garota. “Sempre chamo ela de nega preta da mam�e de uma forma carinhosa. Agora quando digo isso ela me pergunta se n�ga n�o � ruim”, conta.

Segundo F�tima, uma intima��o j� foi entregue a ela e aos familiares da garota para comparecer � delegacia na pr�xima segunda-feira para prestar depoimento.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)