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Estado de Minas

Mulher que xingou menina em escola pode responder por racismo ap�s novos depoimentos

Advogado da fam�lia da garota afirma que testemunhas viram que a mulher tentou acabar com a festa junina quando viu o neto dan�ando com a menina


postado em 23/07/2012 14:45 / atualizado em 23/07/2012 17:16

A mãe da garota prestou depoimento na manhã desta segunda-feira em uma delegacia de Contagem(foto: Euler Júnior/EM/D.A.Press)
A m�e da garota prestou depoimento na manh� desta segunda-feira em uma delegacia de Contagem (foto: Euler J�nior/EM/D.A.Press)
 

O delegado Juarez Gomes, da 4ª Delegacia de Contagem, na Grande BH, informou que deve autuar por inj�ria qualificada a suspeita de xingar de “negra, preta horrorosa e feia” uma menina de 4 anos. Por�m, o advogado Amadeus Carlos de Miranda Pimenta, que defende a fam�lia da garota, disse que novos fatos podem mudar o rumo da investiga��o e o caso ser tratado como racismo. Na manh� desta segunda-feira, a professora Denise Cristina Pereira Arag�o, de 34 anos, que presenciou o xingamento, e a m�e da crian�a, F�tima Viana Souza prestaram depoimento.

No dia 7 de julho, a menina dan�ou quadrilha com o neto de Maria Pereira da Silva, no Centro de Educa��o Infantil Em�lia, em Contagem. Conforme consta no boletim de ocorr�ncia, no dia 10, a av� invadiu a escola aos gritos querendo saber porque o neto havia dan�ado com uma negra.  A professora Denise presenciou tudo e relatou � diretoria. Indignada com a atitude da dona e da diretora da escola, que n�o tomou provid�ncias para defender a aluna e tentou abafar o caso, Denise pediu demiss�o. Ela contou o fato para a fam�lia, que registrou boletim de ocorr�ncia.

Segundo o delegado, n�o ficou configurado o racismo. Ele entende que houve uma ofensa em raz�o da cor de pela da crian�a, mas o racismo seria confirmado caso a aluna fosse impedida de dan�ar na festa ou se matricular na escola. Portanto, Gomes pode autuar Maria Pereira por inj�ria qualificada, de acordo com o par�grafo 3 do artigo 140 do C�digo Penal.

O advogado que defende a fam�lia da menina concorda com a atitude do delegado, mas diz que novas testemunhas podem mudar o rumo das investiga��es. “Conversei com o delegado e, com os ind�cios que ele tem em m�os, realmente tem que qualificar como inj�ria. Testemunhas ser�o ouvidas durante a semana. Elas afirmam que a av� do garoto tentou acabar com a festa junina. E isso caracteriza racismo”, diz o defensor Amadeus Carlos de Miranda Pimenta.

Testemunhas procuraram a organiza��o n�o governamental SOS Racismo, onde o advogado trabalha, para relatar que no dia da festa, a mulher ficou revoltada ao ver o neto dan�ando com uma negra e teria xingado a crian�a. Maria Pereira teria chamado a diretora da escola para tentar acabar com a festa, mas depois desistiu. “Segundo essas pessoas que nos procuraram, a mulher desistiu e falou que s� n�o fez nada em respeito � diretora”, explica Amadeus Pimenta. Para ele, o fato de a mulher voltar na escola para fazer as ofensas foi todo planejado. “Isso mostra que foi um ato criminoso, mostra que ela planejou ir ao col�gio apenas para fazer os xingamentos”, indagou.

A fam�lia da garota verbalemente agredida pretende pedir indeniza��o na Justi�a. “Vamos abrir um processo na esfera criminal e na c�vel contra a av� do garoto. Vamos pleitear uma indeniza��o reparadora por danos psicol�gicos, materiais e educacionais da crian�a”, explica o advogado. Um outro processo ser� aberto contra a diretora e contra a escola. “Queremos que o registro da escola seja reavaliado, pois pelo modo que est� funcionando est� em desacordo com a lei”.

A diretora da escola, Joana Reis Belvino, vai prestar depoimento na tarde desta segunda. A suspeita de ofender a menina  seria ouvida na ter�a-feira, por�m chegou na delegacia tamb�m nesta tarde.


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