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Estado de Minas

UnB tranquiliza moradores de Montes Claros sobre tremor, mas popula��o tem medo


postado em 14/09/2012 09:03 / atualizado em 14/09/2012 09:21

Telhado de ponto comercial despencou devido a tremor de terra em Montes Claros (foto: Ilson Gomes/TV Alterosa)
Telhado de ponto comercial despencou devido a tremor de terra em Montes Claros (foto: Ilson Gomes/TV Alterosa)

A chefe interina do Observat�rio Sismol�gico da Universidade de Bras�lia (UnB), M�nica Von Huelsen, declarou na quinta-feira, que n�o h� motivo de p�nico para os moradores de Montes Claros (Norte de Minas), onde foi registrado um tremor, de 2,9 graus na Escala Richter, na noite de quarta-feira. Segundo ela, o abalo “foi considerado um evento fraco, apesar de a popula��o ter se assustado”. N�o houve v�timas, mas na regi�o mais atingida na cidade, o telhado de frente um ponto comercial desabou e moradores dizem que aumentaram as trincas e rachaduras de casas que tinham sido afetadas por abalos anteriores.

Entretanto, na quinta-feira o clima entre a popula��o ainda era de medo devido ao registro de frequentes dos fen�menos s�smicos na cidade. Desde 2008, foram registrados pelo menos 18 tremores de terra no munic�pio. O mais forte deles, de 4.5 graus na Escala Richter, ocorreu na manh� do �ltimo dia 19 de maio e afetou as estruturas de cerca de 60 casas, das quais seis - localizadas na regi�o da Vila Atl�ntida - foram condenadas pela Defesa Civil e as fam�lias ficaram desabrigadas.

De acordo com especialistas, n�o � poss�vel prever a ocorr�ncia de novos tremores. Mas, no caso de Montes Claros, a popula��o tamb�m vive uma ang�stia: at� hoje n�o se sabe exatamente qual � a causa dos sismos no munic�pio. A suspeita � que os fen�menos estariam relacionados com a exist�ncia de uma falha geol�gica na regi�o. Desde o final de maio, uma equipe de t�cnicos da UnB instalou cinco sismogr�ficos em Montes Claros, com o objetivo de confirmar a exist�ncia da falha geol�gica, bem como sua profundidade e dimens�o, para, a partir da�, tomar as medidas preventivas contra novos tremores. Por�m, at� agora, ainda n�o houve resposta sobre os resultados dos estudos.

O professor Andr� Menezes, do Observat�rio Sismol�gico da UnB,  disse que os dados colhidos pelos sism�grafos instalados em Montes Claros ainda est�o sendo analisados e que a conclus�o de um relat�rio final ainda “depende de mais estudos e verbas”. Ele afirmou que n�o pode fixar prazo para a conclus�o dos estudos. Antes, a pr�pria UnB tinha divulgado que o resultados dever�o ser anunciados at� novembro, quando ser� instalada uma esta��o sismogr�fica da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), viabilizada com recursos do Governo do Estado.

Dejanira Ferreira de Jesus monstra as rachaduras na parede de sua casa e fala que estava lavando os pratos quando aconteceu(foto: Solon Queiroz/especial EM DA Press)
Dejanira Ferreira de Jesus monstra as rachaduras na parede de sua casa e fala que estava lavando os pratos quando aconteceu (foto: Solon Queiroz/especial EM DA Press)
Enquanto n�o se sabe o resultado dos estudos cient�ficos, moradores da Vila Atl�ntica continuam vivendo num clima de medo e ao mesmo tempo de preocupa��o e com a desinforma��o. ‘Ser� que n�o d� para saber quando vai novo tremor?”, questiona o aposentado Jos� Antonio Alves, de 82 anos, um dos moradores do bairro. Por causa de AVC (Acidente Vascular Cerebral), sofrido h� alguns anos, Jos� Antonio tem o lado direito do corpo paralisado. Ele conta que passou por apuros quando ocorreu o tremor de 2,9 graus na Escala Richter. “Eu estava sentado no sof�, assistindo televis�o. De repente, ouvi um estrondo e senti a terra tremer. Todo o meu corpo ficou “duro” e n�o consegui me mexer”, recorda o aposentado.

A aposentada Dejanira Ferreira de Jesus, de 72, mulher de Jos� Antonio, conta que vive amedrontada porque, a casa dela, cuja constru��o � fraca, foi muito atingida pelo “grande tremor” de 4,5 graus, do dia 19 de maio. Uma parede do banheiro da casa apresenta uma grande rachadura. “A gente fica at� com medo de entrar no banheiro”, diz Dejanira. Ela tamb�m conta que teve um grande susto por causa do tremor de anteontem � noite. “Eu estava lavando vasilhas no tanque do lado de fora da casa. Quando aconteceu o “estrondo’, deixei o copo cair”, relata.

Por causa do abalo ocorrido �s 20h56 de quarta-feira, moradores de muitos bairros de Montes Claros sa�ram para a rua. “Fiquei com medo e s� entrei para dentro de casa quando j� passava de meia noite”, conta o aposentado Valmir Ferreira de Souza, que tamb�m mora na Vila Atl�ntica.


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