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Estado de Minas

Semin�rio sobre arquitetura do futuro em Belo Horizonte debate sustentabilidade

Evento aborda hoje tema a respeito de projetos de preserva��o e recupera��o do meio ambiente em �reas voltadas � minera��o


07/11/2012 06:00 - atualizado 07/11/2012 07:07
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Flávio Carsalade, professor da Escola de Arquitetura da UFMG, destaca na Escola Guignard importância do reaproveitamento de áreas degradadas
Fl�vio Carsalade, professor da Escola de Arquitetura da UFMG, destaca na Escola Guignard import�ncia do reaproveitamento de �reas degradadas (foto: Juarez Rodrigues EM/D.A Press )

Equil�brio � a melhor atitude para conciliar atividade econ�mica, preserva��o ambiental e projetos arquitet�nicos. No mundo contempor�neo, a palavra ganha a for�a da sustentabilidade. “Quando um empreendedor do setor de minera��o vai explorar uma �rea, deve conjugar dois verbos fundamentais: retirar e devolver. Se vai explorar o terreno, precisa pensar em entreg�-lo totalmente recuperado”, afirma o arquiteto italiano e professor da Faculdade de G�nova Marco Casamonti. Na manh� desta quarta-feira (veja a programa��o), ele vai falar, em Belo Horizonte, sobre projetos de preserva��o e recupera��o do meio ambiente, no semin�rio Arq.Futuro Belo Horizonte 2012 – A constru��o da paisagem, que re�ne arquitetos e urbanistas brasileiros e internacionais na Escola Guignard, na Regi�o Centro-Sul.

Segundo Casamonti, � poss�vel desenvolver projetos em �reas degradadas por atividades econ�micas ou desocupadas h� muito tempo, evitar conflitos e integrar natureza e arquitetura. Ele citou o projeto que o Studio Archea, de Floren�a, do qual � s�cio-fundador, fez para a vin�cola Antinori, dona de uma �rea de 60 mil metros quadrados, em San Casciano Val di Pesa, na It�lia. “Tivemos que revolver cerca de 400 mil metros c�bicos de terra, num territ�rio de montanhas. Mas conseguimos deixar o terreno como estava, com a sua geografia original. Fizemos t�neis subterr�neos e seguimos a filosofia de ‘tirar e devolver’, sem impactos ambientais”, explicou o arquiteto italiano. “Senso de economia verde, responsabilidade e �tica tamb�m fazem parte do equil�brio. E os avan�os da tecnologia se tornaram fortes aliados nessa hist�ria.”

Na manh� dessa ter�a-feira, ao falar no Arq.Futuro sobre A rela��o da minera��o e do patrim�nio hist�rico em Minas Gerais, o professor da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fl�vio Carsalade, destacou v�rios exemplos de �reas transformadas para o lazer, a cultura e a arte. “Em BH, h� o Parque das Mangabeiras, antes um terreno de minera��o aos p�s da Serra do Curral. E temos outras �reas que podem ser aproveitadas, entre elas a Minas de �guas Claras, que foi descomissionada”, ressaltou.

A futura implanta��o do Geopark, no Quadril�tero Ferr�fero, com chancela da Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, Ci�ncia e Cultura (Unesco), ser� muito bem-vinda, acredita Carsalade, pois se trata de uma “forma sustent�vel” para a regi�o que engloba v�rios munic�pios no entorno de BH. “Mas para conciliar explora��o econ�mica, preserva��o ambiental e conserva��o do patrim�nio cultural s�o necess�rias alternativas, que passam pela democratiza��o das decis�es e informa��es entre governo e mineradoras; integra��o com planejamento urbano e regional, por meio de plano diretor; estudos e monitoramento. Para vingar, no entanto, os projetos devem ser discutidos com as comunidades”, observa.

O professor Carsalade prefere falar em “mineira��o” (com a letra i). “Minas tem que tomar as r�deas da discuss�o sobre a minera��o, principalmente sobre as �reas remanescentes. N�o podemos pensar nesses locais apenas como terrenos dispon�veis para condom�nios. H� alternativas. BH tem car�ncia de �reas culturais e muitos lugares, at� pedreiras, como ocorreu em Curitiba (PR), podem ser usados com fins culturais”, afirmou. Ele destacou ainda o aproveitamento das minas de carv�o, em Pas-de-Calais, na Fran�a, que, depois do tratamento adequado, se tornaram patrim�nio da humanidade, com reconhecimento da Unesco. A pesquisadora do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da UFMG Fabiana Borges lembrou que a minera��o faz parte da hist�ria de Minas, sendo importante criar sa�das para �reas degradadas ou desocupadas, desde que as comunidades possam participar ativamente do processo.

Caminhos

Considerado um dos principais nomes da arquitetura no mundo, o uruguaio Rafael Vi�oly, radicado h� mais de 30 anos em Nova York (EUA), se disse surpreso com BH, onde esteve em 1954. “� outra cidade”, afirmou ao contemplar a capital do alto do Bairro Mangabeiras. Vi�oly tamb�m p�e f� na “sustentabilidade”, mas lembra que o assunto � bem complexo. “Tem que haver uma combina��o de a��es dos capitais privado e p�blico, regulamenta��o e interesse da popula��o”, disse o arquiteto uruguaio. Ele lembrou ainda que, dentro da “nova geografia”, tema de hoje do semin�rio, o arquiteto tem papel de relev�ncia para a busca de solu��es. “Mais do que ser um arquiteto, o profissional deve ser tamb�m intelectual, livre. E n�o trabalhar sob inger�ncia das autoridades.”

� tarde, na palestra A paisagem arquitet�nica de Minas Gerais, a ex-presidente do Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) Maria Elisa Costa, que coordena o acervo da Casa L�cio Costa, no Rio de Janeiro (RJ), destacou que “Minas � moderna de nascen�a. Desde os primeiros tempos do Ciclo do Ouro, depois com o barroco, Minas era assim”. Para ela, se fosse montado um quebra-cabe�as sobre o Brasil, o estado teria que ser a pe�a central, a agrupar todas as outras. H� uma cumplicidade espont�nea entre Minas e o Rio, e o padr�o da arquitetura daqui � melhor do que o de l�”, afirmou Maria Elisa. O Arq. Futuro – Belo Horizonte 2012 � organizado pelo grupo Bei+ Branded Content, dos editores Marisa Moreira Salles, mineira radicada em S�o Paulo, e Tomas Alvim.

Servi�o
Informa��es detalhadas sobre o semin�rio est�o no site www.arqfuturo.com.br. A Escola Guignard fica na Rua Asc�nio Burlamaque, 540 (entrada pela Rua Odilon Braga), no Bairro Mangabeiras, na Regi�o Centro-Sul de BH


PROGRAMA��O
» Hoje – Tema: novas geografias
10h �s 10h40 – Projetos de preserva��o e recupera��o do meio ambiente: Vin�cola Antinori – palestra do professor da Faculdade de G�nova, It�lia, Marco Casamonti, do Studio Archea, sediado em Floren�a
11h �s 11h40 – Inhotim – palestra do professor da UFMG e integrante do escrit�rio Arquitetos Associados Carlos Alberto Maciel
11h40 �s 12h10 – Conversa entre Marco Casamonti, Carlos Alberto Maciel, Andr� Corr�a do Lago e Fl�vio Carsalade
15h �s 15h40 –Preserva��o e transforma��es urbanas, reutiliza��o de �reas industriais e projetos culturais – palestra do arquiteto japon�s Shohei Shigematsu, s�cio do escrit�rio OMA, em Nova York (EUA)
16h �s 16h40 –Palestra do arquiteto mineiro Gustavo Penna, do escrit�rio Gustavo Penna Arquiteto & Associados
16h40 �s 17h10 –Conversa entre Shohei Shigematsu, Gustavo Penna, Andr� Corr�a do Lago e Karen Stein
 


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