
A Pol�cia Militar (PM) disse nesta quarta-feira que vai continuar com o refor�o de seguran�a no Aglomerado da Serra, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, e fez um apelo para a comunidade denunciar os criminosos que atearam fogo em ve�culos durante protesto pela morte do servente de pedreiro Helenilson Eust�quio da Silva Souza, de 24 anos, baleado em uma abordagem policial.
A PM se reuniu com representantes de moradores do Aglomerado da Serra, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, no fim da manh�, para discutir a��es de seguran�a na regi�o. O encontro ocorreu na sede da 127ª Companhia do 22º Batalh�o da PM. Estiveram presentes o coronel Rog�rio Andrade, comandante do policiamento da capital, e o coronel Ant�nio Carvalho, do Comando de Policiamento Especializado (CPE), entre outros comandantes da corpora��o.
A PM apresentou dados sobre a criminalidade na regi�o e disse que a imagem da corpora��o n�o pode ser manchada pelo fato que ocorreu na �ltima segunda-feira. Parentes do servente garantem que ele foi executado friamente com um tiro na cabe�a por um sargento do Grupo Especializado em Patrulhamento de �reas de Risco (Gepar). Os policiais envolvidos na ocorr�ncia disseram que a v�tima estava armada, em companhia de tr�s homens, e reagiu, sendo ent�o atingida no peito. O sargento que atirou no jovem foi preso, assim como os outros policiais que participaram da incurs�o. Segundo a PM, Helenilson tinha envolvimento com o tr�fico e mandado de pris�o em aberto.
De acordo com a pol�cia, foram registradas 101 ocorr�ncias de tr�fico de drogas este ano no aglomerado, 44 pessoas envolvidas com crimes foram identificadas e ocorreram 780 pris�es em toda regi�o do Bairro Serra. O n�mero mostra a vulnerabilidade da comunidade ao crime e aponta necessidade de um relacionamento mais pr�ximo da corpora��o com os moradores.
O pastor Jackson Caetano, representante dos moradores, disse que a presen�a do Gepar � importante, mas criticou algumas a��es da PM. No caso da morte de Helen�lson, por exemplo, a popula��o acusou os militares de removerem o corpo do jovem do local do tiroteio, para retirar evid�ncias de crime. Os moradores abominaram essa atitude da PM, o que gerou grande revolta. �nibus foram queimados na segunda-feira e na madrugada de ter�a.
Sa�da da Rotam
Desde fevereiro do ano passado, quando dois moradores foram assassinados no aglomerado, a presen�a do Rotam passou a ser alvo de protestos de moradores. Os militares envolvidos na incurs�o foram indiciados por homic�dio duplamente qualificado e por posse irregular de dois rev�lveres com numera��o raspada. Eles aguardam julgamento.
Desde ent�o, militares do batalh�o, respons�vel por combate ostensivo � macrocriminalidade da pesada, n�o atuam efetivamente na comunidade. A Associa��o dos Pra�as Policiais e Bombeiros de Minas Gerais (Aspra) afirmou, em nota, que o aumento da criminalidade do aglomerado � reflexo da proibi��o da entrada do Rotam. O presidente da Aspra, subtenente Raimundo Nonato, ir� ao batalh�o onde est� preso o sargento que atirou em Helen�lson para oferecer assessoria jur�dica.
