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Estado de Minas

Mais obras s�o previstas para revitaliza��o do Parque Municipal


postado em 15/12/2012 06:00 / atualizado em 15/12/2012 07:18

Homero Brasil est� � frente da Funda��o de Parques Municipais (FPM). J� administrou o Am�rico Ren� Giannetti e � um entusiasta da �rea verde, chamada tamb�m de pulm�o da cidade. Anuncia que o parque vai novamente passar por obras. “J� temos projeto aprovado para requalificar as trilhas. O orquid�rio e o espa�o cedido � Guarda Municipal v�o desaparecer para dar lugar a um complexo operacional, ao lado do pr�dio do Imaco, com lanchonete e banheiros, para, entre outras coisas, oferecer apoio a ambulantes e permission�rios. Vamos criar tr�s novas portarias, com informa��o digital n�o s� da programa��o cultural do parque como de todos os eventos oferecidos pela prefeitura.”

O paisagismo vai ganhar um retoque para encantar ainda mais os cerca de 300 mil a 400 mil visitantes mensais. Homero tem uma boa not�cia para o bi�logo Gustavo Pedersoli: a perman�ncia dos gatos n�o est� garantida. H� pelo menos 140 deles no parque, sendo 120 cadastrados, de acordo com a FPM. Est� em negocia��o um conv�nio para que os animais sejam removidos e realojados em local com as condi��es ideais de sobreviv�ncia.

O presidente da funda��o sabe que vai encontrar resist�ncia das pessoas que defendem a presen�a dos felinos na �rea, como enfrentou quando precisou fazer o que chama de supress�o de �rvores. O corte de esp�cimes que ofereciam risco, entre as quais velhos eucaliptos, depois da morte de uma mulher atingida por uma �rvore em queda, n�o ocorreu sem trauma. Homero lembra que a FMP enfrentou a ira de ambientalistas. “Mas era preciso fazer.”

O parque tem seis acessos e tr�s banheiros. Segundo Homero, cerca de 20 guardas municipais, a p�, em patinetes motorizadas e/ou de moto, fazem a patrulha dos 182 mil metros quadrados. Isso anima os visitantes de todas as idades, ra�as, credos, etnias e condi��o social. O que torna o parque um espa�o democr�tico, prop�cio para o trabalho escolar de Nat�lia Carolina da silva, de 17 anos, W�tila Santos, de 17, Rejaine Souza, de 15, B�rbara Alves, de 16 e Felipe Rodrigues, de 16, alunos de administra��o do Servi�o Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Eles faziam uma esp�cie de teste sobre coleta seletiva de lixo. O morador de rua Marconi Pimentel Maciel, de 42, que passa os dias dentro do parque, foi reprovado. “� um espa�o de todos. � tamb�m lembra um pouco do que foi BH antigamente”, diz Nat�lia, como se fosse porta-voz do grupo. O parque inspira tamb�m o romantismo. Pelo menos para o casal de namorados Jacic Meire, de 20 anos, e Wagner Ferreira, de 22. “� um lugar bom para namorar. Gostamos de nos deitar na grama, sob as �rvores, e adoramos remar”, diz a mo�a.

Vanessa Fabiana Profeta, de 21, est� s�. Ali�s, n�o necessariamente s�. Nas m�os, O homem que sabia contar, obra de Malba Tahan. “O sil�ncio ajuda na leitura. Nada como parar um pouco aqui na folga do trabalho. Quero criar o h�bito da leitura e esse ambiente vai ajudar.” Ali perto, o aposentado Pedro Jos� de Freitas, de 70, curte uma sombra refrescante. “Para quem precisar repousar, aqui � gostoso.” E n�o � dif�cil achar algu�m na cidade, com mais de 30 anos, que tenha uma foto feita por um lambe-lambe, na inf�ncia, montado em um burrinho. “Eu tenho uma”, diz Pedro Jos�.

Apesar da presen�a dos guardas municipais, o �nico motivo de reclama��o dos frequentadores s�o os moradores de rua, cada vez em maior quantidade. “Eles ocupam os bancos, que j� s�o poucos, para dormir, e h� os que consomem drogas”, diz um idoso, que n�o quis se identificar. A pol�cia nada pode fazer. Dormir nos bancos n�o � crime. E, afinal de contas, o parque n�o � um espa�o democr�tico? O m�ximo que os guardas podem fazer � reprimir o consumo de drogas.


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