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Estado de Minas CONTOS DE NATAL

Estado de Minas seleciona hist�rias de pessoas que se superaram em 2012

N�o se render diante dos desafios � a receita de vida de quem conseguiu derrotar o que muitos consideravam insuper�vel. As conquistas s�o comemoradas com muita alegria


postado em 24/12/2012 00:12 / atualizado em 24/12/2012 09:09

"Sinto que vou fazer sucesso com Miguel. Se eu soubesse como era bom, tinha tido meus filhos antes", Gabriela Veloso Costa, portadora de distrofia muscular (foto: Arquivo pessoal)

O Natal n�o vem dentro de caixas, n�o est� contido no peda�o de papel do sorteio do amigo-oculto, tampouco nas mesas fartas nem mesmo nos pedidos atendidos pelo Papai Noel. O verdadeiro significado da data, que ser� comemorada amanh� pela maior parte das pessoas no mundo, est� mais perto do que se imagina, na casa de um vizinho, no depoimento da colega de trabalho ou do curso de ingl�s. Cada um j� ouviu verdadeiros milagres do cotidiano, que come�am mais ou menos como a hist�ria daquele casal que fugiu das amea�as de Herodes montado em um jumentinho. A mulher estava gr�vida e no c�u havia uma estrela que brilhava mais que as outras... O Estado de Minas selecionou tr�s pequenas hist�rias de pessoas comuns que de alguma forma se superaram em 2012. Para elas, o Natal vai ser diferente e ter� um real significado este ano.


Em Bras�lia, a chegada do Natal fez surgir uma verdadeira fam�lia em torno do menino Miguel. Com apenas cinco meses, o beb� est� fazendo pequenos milagres no cotidiano da m�e. A funcion�ria p�blica Gabriela Veloso Costa � portadora de distrofia muscular, doen�a de origem gen�tica que reduz a mobilidade dos m�sculos pouco a pouco. Depois do nascimento de Miguel, Gabriela redescobriu a beleza das luzes natalinas, que fazem os olhos do filho piscarem de felicidade. O dia em que Miguel nasceu foi o mais feliz da vida de Gabriela. “Estava em transe”, revela a m�e, para quem a cesariana foi, de longe, a mais simples das cinco cirurgias que j� enfrentou nos 37 anos de vida.


Desde o nascimento de Miguel, Gabriela intensificou as sess�es de fisioterapia, mas ainda n�o tem certeza de que vai recuperar toda a for�a nos bra�os. Ela consegue segurar o filho ao colo e amament�-lo, mas n�o d� conta de retir�-lo sozinha do ber�o. “Tenho de ter resigna��o e aceitar que algumas coisas n�o consigo fazer. Paci�ncia!”, diz Gabriela, que precisa da ajuda de uma enfermeira e da m�e, Rosa, que mora no mesmo pr�dio. A doen�a manifestou-se aos 6 anos e ela ainda ficava de p� at� 2009, quando sofreu uma queda e passou a precisar da cadeira de rodas.


Antes de tomar a decis�o de engravidar, Gabriela e o marido consultaram m�dicos geneticistas e foram informados que a distrofia muscular n�o seria transmitida aos filhos. Durante a gesta��o, Gabriela conversou com outras duas portadoras que j� haviam se tornado m�es no Brasil, trocando ideias sobre a independ�ncia dos filhos. “Elas me disseram que, com o passar do tempo, eles pr�prios ajudam as m�es a fazer as coisas. Se precisam vestir a cal�a, por exemplo, sobem na cama para que a mam�e possa acabar de subir o c�s”, conta ela.


Outra descoberta de Gabriela � o fasc�nio que a cadeira de rodas exerce nas crian�as, especialmente nos meninos. “Sinto que vou fazer sucesso com Miguel. Se eu soubesse como era bom, tinha tido meus filhos antes. Voc� acredita que entrei ontem no banco e um rapazinho, que devia ter seus 2 ou 3 anos, come�ou a me encarar? De repente, ele olhou bem para as rodas pequenas, depois para as grandes e soltou um vruuuum bem alto dentro da ag�ncia. Deve ter achado o m�ximo o meu carr�o”, brinca ela, que j� se prepara para comprar uma cadeira com maior pot�ncia para conseguir correr atr�s do filho que vai crescer. Os dois v�o crescer juntos.


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