
A expectativa de redu��o no movimento assombra tamb�m a gerente da loja de roupas LM, Sandra Neiva da Silva, que destaca os problemas com a poeira e com o esvaziamento dos passeios. “Muita gente vai deixar de passar por aqui e estimo que teremos uma queda expressiva nas vendas”, contou. Mais esperan�osa, a gerente da papelaria Leitura aposta na fidelidade dos clientes e no pascote de produtos da loja para n�o perder tantas vendas. “Sei que teremos uma redu��o, mas n�o acredito que as pessoas v�o deixar de vir � loja, que � tradicional na venda de material escolar”, afirma.
Transtornos
As mudan�as no transporte coletivo s�o uma preocupa��o a mais para quem passa pela Avenida Paran� e ruas do entorno. A BHTrans garante que as altera��es nos pontos foram planejadas para causar o menor impacto poss�vel. A farmac�utica Pollyana Karen de Andrade, de 25, que pega �nibus pelo menos tr�s vezes por semana na Paran�, teme mudan�as. “S�o muitos pontos e milhares de passageiros. Tudo dever� ser muito divulgado para n�o haver complica��es, j� que os transtornos ser�o inevit�veis”, disse.
Atualmente, 8,4 mil passageiros usam os pontos de embarque e desembarque nas Avenidas Paran� e Santos Dumont no hor�rio de pico da manh�. Na hora de pico da tarde, s�o 7,5 mil passageiros passando pelas duas avenidas. D�vidas dos motoristas e informa��es sobre o transporte coletivo poder�o ser esclarecidas pelo telefone 156, do BH Resolve. Informa��es sobre a obra ser�o dadas pelo telefone 3277-8139.
Com as obras do BRT, a expectativa da BHTrans � reduzir em 40% o tempo das viagens nos corredores Ant�nio Carlos e Cristiano Machado at� o Centro da cidade. A frota de �nibus passando pela regi�o central tamb�m deve cair de 937 para 297 coletivos por hora/pico no per�odo da manh�. O valor previsto da obra � de R$ 55 milh�es.
Impacto vai ser inevit�vel
Frederico Rodrigues
professor de engenharia de tr�fego
O desvio mais eficiente � aquele em que o usu�rio evita o local das obras. O motorista � informado de que o trecho n�o est� operando e busca por si mesmo o melhor caminho alternativo, sem precisar passar pr�ximo da regi�o. Mas, apesar de todo o cuidado com as altera��es de tr�nsito que come�aram a ser implantadas no per�odo de f�rias, quando h� redu��o de 35% no fluxo de ve�culos, � inevit�vel haver um tr�fego maior ao longo das interven��es. Afinal, n�o h� obra sem impacto e o melhor � que, nesse per�odo o usu�rio programe suas sa�das, evitando os hor�rios de pico.