(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Abrasel aprova lei que pro�be saleiro e paliteiro nos bares de Belo Horizonte


postado em 17/01/2013 06:00 / atualizado em 17/01/2013 11:07

Palitos, sal, açúcar e canudos devem ter agora embalagens individuais(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Palitos, sal, a��car e canudos devem ter agora embalagens individuais (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Os mais de 12 mil bares e restaurantes que valeram a Belo Horizonte o t�tulo de capital nacional do setor s�o alvo de duas novas leis destinadas a beneficiar clientes. Sancionadas pelo prefeito Marcio Lacerda e publicadas nessa quarta-feira no Di�rio Oficial do Munic�pio (DOM), as regras v�o exigir dos estabelecimentos canudos, palitos, sal e a��car embalados individualmente, al�m de uma cartela de papel, a chamada comanda, para que o fregu�s possa acompanhar seu consumo. A nova legisla��o estabelece que bares e restaurantes dever�o oferecer uma comanda em duas vias, sempre que solicitada: uma para o gar�om e outra para controle de consumo pelo cliente. A se��o mineira da Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/MG) considera importantes as iniciativas que beneficiem a higiene, mas diz que o setor sofre com as exig�ncias da legisla��o.

Para o presidente da Abrasel, Fernando J�nior, a lei da cartela � desnecess�ria e vai dobrar o trabalho dos atendentes, que ter�o que marcar os pedidos na via do cliente e na do estabelecimento. A Lei 10.606 prev� ainda que os bares, restaurantes e similares dever�o afixar um cartaz informando ao consumidor que as comandas para controle de consumo est�o dispon�veis. Os estabelecimentos t�m 90 dias para se adequar. Em 30 dias a prefeitura publicar� a regulamenta��o das puni��es em caso de descumprimento das regras.

“A quest�o da higiene (representada pela exig�ncia de embalagens individuais para a��car, sal, palitos e canudos) � muito importante e a iniciativa nem � t�o cara assim. Mas essa lei da cartela � rid�cula. A comanda servir� para confer�ncia entre o que o restaurante lan�a e o que o cliente consome, mas passa a imagem de que se est� duvidando da honestidade do setor. Muitas vezes h� algum tipo de erro, mas n�o vale a pena a discuss�o. Essa lei pode at� aumentar isso”, acredita Fernando J�nior, ao defender uma fiscaliza��o mais educativa do que punitiva.

O presidente da Abrasel diz que o mercado se autorregula e que n�o precisa do Legislativo para definir sua conduta. “A cartela exige uma portaria e seguran�a, depende de estrutura. Vai onerar o servi�o, pois o controle ser� dobrado para uma m�o de obra que j� � escassa. � mais uma lei para um copo cada vez mais cheio. A informalidade no setor bate 65% e n�o � por causa da alta carga tribut�ria, mas pela alta carga legislativa.”

Aprovado

A publicit�ria Fernanda Cursino, de 26 anos, n�o bebe, mas j� viu muita confus�o na mesa quando a cobran�a � indevida. Para ela, a cartela permitir� que cliente e gar�om se entendam melhor. “Muitas vezes a nota vem cobrando a mais e n�o h� como contestar, a n�o ser pela palavra. Com as cartelas, voc� vai ver o gar�om anotando na sua frente e ter� controle do que est� consumindo”, defende.

O empres�rio Marco Ant�nio Linhares, de 47, considera a lei das cartelas interessante, justamente para evitar essas diverg�ncias. “�s vezes o gar�om anota o pedido, mas n�o traz. Quando h� muita gente na mesa, normalmente h� problemas e essa � uma forma de preservar os clientes e o estabelecimento”, diz, manifestando-se favoravelmente tamb�m aos cuidados com o armazenamento individual de canudos e palitos.

"A gente puxa um palito e empurra os outros com a m�o ou pega o saleiro e n�o sabe at� que ponto isso pode prejudicar a sa�de", Tereza Cristina Horn, empres�ria, ao defender as novas regras (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
A empres�ria Tereza Cristina Horn, de 47 anos, almo�ava ontem em um restaurante na Savassi que vai precisar se adequar �s regras: l� o sal ainda � servido em saleiros, e palitos e canudos tamb�m ficam expostos. “Acho superimportante tudo que est� ligado aos cuidados com a sa�de. A gente puxa um palito e empurra os outros com a m�o ou pega o saleiro e n�o sabe at� que ponto isso pode prejudicar a sa�de.”

Palitos

A Lei 10.605, que estabelece crit�rios de higiene para o fornecimento de canudos, sach�s de sal e a��car e palitos, � v�lida para bares, lanchonetes, restaurantes, hot�is e afins. A Vigil�ncia Sanit�ria ser� respons�vel pela fiscaliza��o e as puni��es para o descumprimento s�o de advert�ncia e multa em caso de reincid�ncia. A gerente do Devassa, Maria Tereza Timponi, conta que a casa sempre ofereceu tudo armazenado individualmente. “� um pouco mais caro, mas como n�o temos como guardar toda noite esse material, essa � a melhor forma.”

J� no Assacabrasa, sach�s s�o s� para o a��car. A gerente Simone Santos Gomes aprova a medida das embalagens individuais, em uma tentativa de conter o desperd�cio e oferecer mais higiene. “Esse novo jeito parece mais controlado e, a julgar pelo a��car, n�o ser� t�o caro assim.”


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)