Assistente de acusa��o pede absolvi��o de dois r�us da Galoucura por um dos crimes

O debate entre acusa��o e defesa no julgamento de seis dos 12 integrantes da galoucura acusados de participa��o na morte de um torcedor cruzeirense come�ou com pol�mica na tarde desta quinta-feira. Depois de o promotor Francisco Santiago buscar provar aos jurados que os r�us s�o culpados pelos crimes aos quais respondem, o advogado Zanone de Oliveira J�nior, assistente de acusa��o, pediu ao j�ri que inocente dois dos r�us pela tentativa de homic�dio de Rodrigo Marques de Oliveira, o Ber�, torcedor do Cruzeiro que tamb�m foi agredido na mesma ocasia��o em que Ot�vio Fernandes foi morto. Zanone, que defende Ber�, alegou que n�o h� provas suficientes contra Marcos Vin�cius Oliveira de Melo, o Vinicin, e Cl�udio Henrique Sousa Ara�jo, o Macal�.

O advogado disse que n�o poderia pedir aos jurados para condenar inocentes. Afirmou que nem as testemunhas nem as imagens que foram anexadas ao processo comprovam que Vinicin e Macal� tenham agredido Ber�. Ele criticou o trabalho do delegado Breno Pardini, que presidiu o inqu�rito policial, ao falar da falta de provas. No entanto, enfatizou que mant�m o pedido de acusa��o de ambos pelos crimes de forma��o de quadrilha e homic�dio qualificado.

Fora do plen�rio, o promotor Francisco Santiago declarou aos jornalistas que se sentiu decepcionado e tra�do pelo profissional que deveria ajud�-lo na acusa��o. Por�m, refor�ou que ainda espera a condena��o de todos, mas n�o adiantou se pediria a r�plica no debate.

A fala de Zanone serviu para o advogado que defende os r�us, Dino Miraglia, refor�ar sua defesa. O defensor come�ou a falar ao j�ri por volta das 17h e destacou que n�o h� elementos que comprovem que aqueles seis homens que est�o sendo julgados sejam culpados. Criticou severamente a atua��o do delegado Breno Pardini, que ao prestar depoimento no primeiro dia de j�ri admitiu que n�o esteve no local do crime para realizar per�cia na mesma noite e que n�o assistiu aos v�deos gravados pelo circuito de vigil�ncia dos pr�dios vizinhos � cena do crime.

Miraglia lembrou aos jurados que o r�u Jo�o Paulo Celestino Souza, o grilo, confessou ter chutado as costelas de Ot�vio, mas foi enf�tico em dizer que isso n�o o responsabiliza pela morte do torcedor. Destacou ainda que n�o concorda com a acusa��o pelo crime de forma��o de quadrilha. Ele declarou que o grupo n�o se reuniu para cometer nenhum crime, mas para assistir a uma luta esportiva.

Depois de conclu�da a defesa, o promotor n�o quis solicitar a r�plica, que, automaticamente, concederia aos defensores a tr�plica, estendendo o julgamento em pelo menos mais cinco horas. Terminado o debate, o conselho de senten�a, formado por quatro homens e tr�s mulheres, saiu do plen�rio para se reunir e votar pela condena��o ou absolvi��o de cada um dos seis r�us. Com base no voto dos jurados, o juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes ir� estabelecer a senten�a.

Vinicin, Macal� e Grilo respondem pelo homic�dio triplamente qualificado de Ot�vio Fernandes, forma��o de quadrilha e tentativa de homic�dio contra o outro torcedor. J� os r�us Eduardo Douglas Ribeiro de Jesus, Josimar J�nior de Sousa Barros e Windsor Luciano Duarte Serafim. Os tr�s respondem apenas por forma��o de quadrilha. Todos os r�us foram interrogados na manh� desta quinta-feira e, � excess�o de grilo, todos negaram agress�es.

Relembre

Ot�vio foi brutalmente espancado, com chutes, socos, peda�os de pau e at� cavaletes, na noite de 27 de novembro de 2010. Ele havia acabado de sair do Chevrolet Hall, onde foi promovido um campeonato de MMA. As imagens da agress�o foram registradas pelas c�meras de vigil�ncia do shopping vizinho. Foi com base neste v�deo que o Minist�rio P�blico ofereceu � Justi�a den�ncia contra os seis integrantes da Galoucura. Al�m de Ot�vio, que morreu no local, outros tr�s tocedores do Cruzeiro foram agradidos e sofreram ferimentos graves.