
A delegada da Homic�dios Elenice Batista afirmou ter ratificado a pris�o em flagrante do suspeito com base em depoimentos de testemunhas. No entanto, o juiz de plant�o na Vara de Habeas Corpus e Medidas Urgentes do F�rum Lafayette, Carlos Roberto Loiola, concedeu a liberdade provis�ria ao t�cnico em inform�tica por acreditar que a pris�o dele n�o tinha fundamento em qualquer prova ou ind�cio de autoria ou participa��o na morte da companheira. “Muita coisa precisa ser esclarecida”, disse o magistrado.
Para o juiz, n�o h� uma segunda vers�o ou hist�ria para justificar a suspeita de que o t�cnico em inform�tica seja o autor do crime. Ele aponta problemas no auto de pris�o em flagrante da Pol�cia Civil. “N�o existe nenhuma prova poss�vel de desentendimento entre o autuado e a v�tima fatal, sua companheira, para dar ind�cio de que ele foi o autor do disparo”, ressalta. Ele diz ainda que nem o filho mais velho da v�tima foi ouvido.
Carlos Loiola alega que a arma do crime n�o foi localizada para poss�vel vincula��o com o poss�vel r�u. “O teste de p�lvora nas m�os do autuado n�o foi feito, mesmo porque ele diz que sua m�o estava pr�xima da arma quando aconteceu o disparo”, completa o magistrado. Na decis�o juiz ainda considera que Jos� Ant�nio � prim�rio e tem resid�ncia fixa. O suspeito n�o precisou pagar fian�a, mas n�o pode se ausentar da capital e deve se recolher em casa at� as 22h, ficando � disposi��o da pol�cia e da Justi�a.
Vers�es
Para a pol�cia, Jos� Ant�nio disse que ele e a mulher estavam a caminho do supermercado e o Gol que ele dirigia foi fechado por dois homens numa moto. Segundo ele, Val�ria foi baleada e jogada para fora do carro e um dos ladr�es teria seguido com ele no carro, acompanhado de um segundo assaltante de moto. Jos� Ant�nio sustenta que foi abandonado com o ve�culo na BR-040, em Contagem, Grande BH, e chamou a pol�cia.
Duas testemunhas disseram � Pol�cia Militar que havia duas pessoas no carro quando Val�ria foi baleada e jogada na rua. Uma delas garantiu ter visto Jos� Ant�nio pegar a arma na parte traseira do carro. Outra testemunha disse que o suspeito pegou Val�ria pelo pesco�o, encostou a arma no queixo dela, disparou dois tiros e fugiu.
Av� chama beb� de Santiago
A empres�ria Maria Silvina estava gr�vida de sete meses e os m�dicos conseguiram, em parto emergencial, salvar o beb�, que est� em estado grave na UTI neonatal do Hospital J�lia Kubitschek, no Barreiro. “Vou lutar pela guarda do meu neto e j� escolhi o nome dele: Santiago. Ningu�m vai ficar com ele, s� eu. Minha filha adorava meu neto”, disse ontem a m�e dela, Silvia Perotti, que chegou � capital na noite de quinta-feira.
Na tarde de ontem, ela esteve na Delegacia de Homic�dios conversando com a delegada Elenice. Ela foi resolver quest�es burocr�ticas para libera��o do corpo da filha no IML e ser� ouvida posteriormente no inqu�rito. Silvia pretendia conhecer o neto no hospital ainda ontem.
Por volta das 9h de domingo, antes do crime, Silvia disse ter telefonado da Argentina para filha em Belo Horizonte e conversado tamb�m com o neto mais velho, Lucas, do primeiro casamento da v�tima. “Falaram para mim que todos estavam bem. Minha filha disse que ia cobrar um dinheiro, pois ela estava afastada pelos m�dicos da cl�nica onde trabalhava”, contou a m�e.
O neto mais velho est� com o pai em Itu (SP). “Vivi cinco anos no Brasil pela minha filha e o meu neto”, disse. Ela havia retornado a Buenos Aires em dezembro para ficar com outro filho, que estava doente. Ontem, ela chegou ao IML amparada por um casal de amigos de Contagem, na Grande BH, com quem est� hospedada, e do c�nsul adjunto da Argentina, Mariano Andr�s Guida.
t�cnico quer lutar pela guarda
Em liberdade, o t�cnico em eletr�nica Jos� Ant�nio Mendes de Jesus jura inoc�ncia e decidiu lutar pela guarda do filho rec�m-nascido. Para isso, pretende convidar a sogra para morar com ele. “Meu filho est� muito abalado, chora muito e recebe acompanhamento psicol�gico. Ele est� muito preocupado com o beb�, que est� no hospital, mas n�o pode visit�-lo por n�o haver nenhum documento provando a sua uni�o civil com a m�e da crian�a e nem de paternidade”, disse ontem o pai do suspeito, o empres�rio Jos� Ant�nio de Jesus, de 60. Para o empres�rio, culpado ou inocente, o filho tem direito � defesa.
Em liberdade, o t�cnico em eletr�nica Jos� Ant�nio Mendes de Jesus jura inoc�ncia e decidiu lutar pela guarda do filho rec�m-nascido. Para isso, pretende convidar a sogra para morar com ele. “Meu filho est� muito abalado, chora muito e recebe acompanhamento psicol�gico. Ele est� muito preocupado com o beb�, que est� no hospital, mas n�o pode visit�-lo por n�o haver nenhum documento provando a sua uni�o civil com a m�e da crian�a e nem de paternidade”, disse ontem o pai do suspeito, o empres�rio Jos� Ant�nio de Jesus, de 60. Para o empres�rio, culpado ou inocente, o filho tem direito � defesa.