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Estado de Minas

Visitas s�o retomadas na Penitenci�ria Nelson Hungria ap�s rebeli�o

O motim foi encerrado com a libera��o de dois ref�ns depois de 31 horas de negocia��es. Os encontros assistidos das mulheres gr�vidas com presos foi o principal motivo da revolta. Ainda ser� necess�rio um tempo para refazer a portaria que determina as caracter�sticas da visita de gestantes


postado em 23/02/2013 13:48 / atualizado em 23/02/2013 13:52

As visitas para presos voltaram ao normal na Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem, na manh� deste s�bado. Somente a entrada das gr�vidas, uma das motiva��es da rebeli�o que durou 31 horas, ainda n�o ocorre. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), ser� necess�rio um tempo para refazer a portaria que determina as caracter�sticas da visita de gestantes. A elas era permitido apenas encontros assistidos, pois n�o podem ser submetidas a raio X que detecta se est�o levando drogas, armas ou celulares para detentos.

A rebeli�o come�ou por volta de 9h de quinta-feira e detentos liberaram os ref�ns na sexta-feira, por volta das 16h, depois que a Seds prometeu atender � principal exig�ncia de libera��o: a visita das gr�vidas. A Corregedoria do Sistema Prisional via come�ar a ouvir os envolvidos no motim, mas as oitivas ainda n�o ocorreram neste s�bado. Os rebelados queriam tamb�m garantias de que sua integridade f�sica seria preservada e de que nenhum deles seria transferido para pres�dios federais ou para a Penitenci�ria de Francisco S�, no Norte de Minas.

O acordo chegou a ser fechado na tarde de quinta-feira, mas os presos voltaram atr�s, reclamaram de maus- tratos e pediram a sa�da do atual diretor, Luiz Carlos Danunzio, o que gerou um impasse no in�cio da madrugada. Os rebelados amea�avam manter o motim at� segunda-feira, mas as negocia��es foram retomadas na manh� de ontem. Depois da libera��o dos ref�ns – um agente penitenci�rio e uma professora –, c�es farejadores e policiais militares fizeram uma rigorosa vistoria nas alas do pavilh�o.

A amea�a � visita de domingo foi um argumento importante dos negociadores para p�r fim ao motim. A �nica exig�ncia n�o atendida foi o afastamento do diretor da Nelson Hungria, mas o estado garantiu que a Corregedoria vai apurar todas as den�ncias. Por causa do estrago nos telhados, os detentos foram transferidos um a um para o Pavilh�o 2.

Pela manh�, os rebelados haviam colocado fogo em madeira retirada do telhado e em peda�os de colch�es, jogando-os pelas janelas das celas. Para ter certeza sobre o estado do agente e da professora, os negociadores pediram que os ref�ns fossem levados ao p�tio da unidade. Um helic�ptero sobrevoou o pres�dio e foram feitas imagens das v�timas, confirmando que elas n�o haviam sido agredidas. Nos demais pavilh�es, os detentos permaneceram recolhidos nas celas. Segundo o subsecret�rio de Administra��o Penitenci�ria, Murilo Andrade, a corregedoria vai avaliar tamb�m a puni��o para os envolvidos na rebeli�o.

O juiz da Vara de Execu��o Penal de Contagem, Wagner Cavalieri, disse que os processos dos presos est�o em dia e que algumas pend�ncias ser�o avaliadas. Ele negou que haja superlota��o no pres�dio, ressaltando que h� dois meses assinou portaria limitando a 2 mil o n�mero de presos na Nelson Hungria, que teria hoje cerca de 1,9 mil internos. “O maior direito que est� sendo lesado � o dos ref�ns”, refor�ou o magistrado. Cavaliere anunciou que a corregedoria vai apurar se Daniel Cypriano, de 29 anos, articulou o movimento ou se foi s� o interlocutor. Ele cumpre 63 anos de pena por cinco roubos e um homic�dio.

Segundo a Seds, um processo administrativo vai investigar como os presos tiveram acesso a celulares. As antenas do sistema que bloqueia o sinal de telefonia devem ser instaladas s� no fim do ano, porque o processo licitat�rio ainda est� em andamento. A mudan�a na rotina das visitas das gestantes – que deu origem ao motim – se deu justamente pela suspeita de que algumas estivessem entrando com celulares e drogas, uma vez que n�o passam por raio X, por quest�es m�dicas.


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