Pedro Ferreira

Uma opera��o pente-fino, feita onteontem � noite pela Subsecretaria de Administra��o Prisional (Suapi) no Pavilh�o 1 da Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, logo ap�s o fim da rebeli�o que durou 31 horas, encontrou seis celulares, oito baterias, 18 chips, 25 barras de ferro, fones de ouvido e uma r�plica de arma feita com sab�o. Durante a opera��o, os detentos foram transferidos para o Pavilh�o 2, por causa dos estragos feitos pelos amotinados.
Em nota oficial, a Suapi informou que a vistoria no pavilh�o foi minuciosa e at� os aparelhos de TV e de r�dio que os presos t�m foram abertos, em busca de armas e drogas. O Pavilh�o 2 tamb�m foi vistoriado. Quanto aos estragos no Pavilh�o 1, foi informado que os maiores problemas foram no telhado, que teve telhas arrancadas e o madeirame queimado. “Precisar� ser totalmente reconstru�do, assim como o al�ap�o que d� acesso � parte superior da laje”, informou a Suapi.
VISITAS Mulheres gr�vidas conseguiram visitar seus companheiros e parentes ontem no Complexo Penitenci�rio Nelson Hungria. A proibi��o dessas visitas, determinada pela dire��o do pres�dio, foi um dos motivos da rebeli�o. As gestantes estavam impedidas de ingressar no pres�dio porque n�o podem ser submetidas ao exame de raio X e muitas delas, de acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) estavam se aproveitando dessa situa��o para levar armas e drogas para os presos. A visita assistida, em uma sala fechada e com a presen�a de um agente penitenci�rio, tamb�m n�o foi aceita pelos rebelados, que conseguiram impor sua vontade.
O acesso de parentes e amigos dos detentos ao pres�dio demorou um pouco. A previs�o era de que o port�o seria aberto �s 8h, mas houve atraso de 90 minutos, o que causou protesto de quem estava na fila. Inicialmente, as gr�vidas foram impedidas de entrar, sob a alega��o de que seria necess�rio um tempo at� que a situa��o fosse normalizada, mas, segundo a Seds, depois a autoriza��o foi dada. A Seds tamb�m comunicou que a portaria interna da Suapi, que impedia a entrada das gestantes, foi alterada e elas passaram a ter acesso aos pavilh�es, como qualquer outro visitante.
CRIAN�A MORTA
Ser� enterrado hoje, em Caet�, o corpo de Kaique Lucas Antero, de 8 anos, ferido por dois irm�os g�meos durante uma brincadeira. O menino passou uma semana hospitalizado em Belo Horizonte, em coma, n�o resistiu e morreu anteontem � noite. A agress�o cometida pelos g�meos, de 12 anos, teria ocorrido quando todos simulavam uma luta, segundo contaram dois adolescentes que tamb�m participaram da brincadeira. A Pol�cia Civil continua investigando o caso.