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Estado de Minas

Come�a a restaura��o dos jardins de Burle Marx, na Pampulha


postado em 05/03/2013 06:00 / atualizado em 05/03/2013 06:38

Os canteiros desenhados em curvas que emolduram e acompanham a arquitetura org�nica de Oscar Niemeyer (1907–2012) ter�o a chance de recuperar sua beleza e formas originais. Come�ou ontem a restaura��o dos jardins de Burle Marx (1909–1994) no conjunto arquitet�nico da Pampulha, que trar� de volta o tra�ado e as esp�cies tal como o paisagista os planejou na d�cada de 1940. Or�ado em R$ 4 milh�es, o trabalho est� previsto para ser conclu�do em dezembro e faz parte dos esfor�os para elevar o conjunto a Patrim�nio Cultural da Humanidade, t�tulo sonhado h� 17 anos. Mas a requalifica��o vai al�m e prev� tamb�m a recupera��o do piso original em frente � Igreja de S�o Francisco de Assis e a interdi��o do trecho para a passagem de ve�culos.


Ao mesmo tempo em que os oper�rios iniciaram a obra fora da Casa do Baile, l� dentro representantes de v�rios setores da Prefeitura de BH se reuniam para planejar a elabora��o de um dossi� sobre a Pampulha. O documento ser� enviado � Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e � Cultura (Unesco) em dezembro, j� com o resultado da restaura��o, que vai incluir, al�m da Casa do Baile, a Igreja de S�o Francisco de Assis, a Casa Kubitschek, o Museu de Arte da Pampulha e a Pra�a Dalva Sim�o. “Seria imposs�vel conquistar esse t�tulo sem a recupera��o dos jardins”, afirma o presidente da Funda��o Municipal de Cultura (FMC), Le�nidas de Oliveira.

A revitaliza��o tem como base o projeto paisag�stico original e imagens da �poca da implanta��o. “Os jardins est�o muito descaracterizados, com uma s�rie de esp�cies que n�o estavam previstos por Burle Marx”, afirma o arquiteto, urbanista e paisagista Ricardo Lana, estudioso da obra do paisagista. Certamente, o trabalho mais delicado ocorrer� na Pra�a Dalva Sim�o, onde a vegeta��o cheia de contornos implantada na d�cada de 1950 deu lugar a um gramado sem gra�a. “Com o abandono, os jardins entraram em um processo de degrada��o”, conta Lana.

Aprovada pelos patrim�nio municipal, estadual e nacional, esferas de prote��o do conjunto arquitet�nico, o projeto de restaura��o prev� a reintrodu��o da flora original – a produ��o de mudas � feita pela Funda��o Zoo-Bot�nica de BH – e a retirada de algumas �rvores, que fogem do projeto original e atrapalham a vis�o dos pr�dios tombados. “Burle Marx pensou muito em uma vegeta��o rasteira para o conjunto e isso tem que ser resgatado”, afirma Oliveira. O presidente diz que de cada �rvore arrancada ser�o plantadas 300.

Ao fim do trabalho, a expectativa � ter de volta o brilho do contorno moldado pelas plantas do primeiro jardim modernista da capital. “Ele traz para os jardins esp�cies que antes eram consideradas mato e traz para a cidade esp�cies rupestres antes conhecidas apenas no campo. Com Burle Marx, � poss�vel conhecer nossa diversidade vegetal”, comenta Lana, citando esp�cies como cip� de s�o–jo�o, coqueiro maca�ba e a taboa, comuns no projeto do paisagista. Os jardins ter�o placas com a explica��o de cada esp�cie e do projeto conceitual.

PATRIM�NIO Al�m da reforma dos jardins, o presidente da FMC explica que a Pampulha passar� por requalifica��o completa, que inclui a readequa��o das cal�adas e a sinaliza��o dos monumentos, entre outras interven��es. O destaque � a retirada de camada de asfalto do trecho em frente � Igreja de S�o Francisco de Assis, na Avenida Otac�lio Negr�o de Lima. O objetivo � voltar a ligar o monumento � Pra�a Dino Barbiero, situada em frente, dar mais visibilidade aos pain�is de Candido Portinari e proteger a obra. O tr�nsito ser� desviado. “O tr�fego est� atrapalhando o patrim�nio”, avalia Oliveira. Tamb�m ser�o constru�dos dois mirantes no espelho d’�gua.


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