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Estado de Minas

Relevo mineiro pesa na letalidade da BR-381


postado em 12/03/2013 06:00 / atualizado em 12/03/2013 07:13

Que o relevo do trecho de mais de 300 quil�metros da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, torna a rodovia bem mais perigosa, muitos motoristas poderiam dizer sem estudar. No entanto, pesquisadores da UFMG conseguiram confirmar que grande parte dos acidentes ocorridos na Rodovia da Morte est�o diretamente relacionados aos aspectos geol�gicos da regi�o, originados cerca de 1 milh�o de anos atr�s. Mais que isso, eles acreditam que, se o poder p�blico tivesse levado em considera��o esses aspectos cerca de 50 anos atr�s, quando a estrada foi implantada, muitas teriam sido evitadas.

A pesquisa dividiu o espa�o estudado em quatro trechos de cerca de 30 quil�metros cada. Nesse primeiro momento, os pesquisadores fizeram o cruzamento de informa��es geomorfol�gicas com dados de acidentes de tr�nsito. “Essa � uma linha de pesquisa ainda no come�o. Observamos que, onde o terreno � mais acidentado, temos mais registros de acidentes. Isso acontece porque, para sair das falhas geol�gicas, foram colocadas curvas mais sinuosas na via, algumas com raio de curvatura at� menor do que o exigido pelo Dnit atualmente”, comenta o professor de geoprocessamento da UFMG Br�ulio Magalh�es da Fonseca.

Para ele, a pesquisa serve de alerta para que o poder p�blico leve em considera��o os aspectos geomorfol�gicos de uma �rea antes mesmo de planejar constru��es do tipo. “Antes de promover qualquer projeto � importante fazer uma an�lise mais aprofundada do relevo e n�o s� estabelecer o tra�ado pela maior facilidade. No caso da 381, um outro tra�ado poderia ter evitado muitas mortes.”

O trecho em que a rela��o entre relevo e viol�ncia no tr�nsito foi mais n�tida fica entre os kms 380 e 348, entre Itabira e Jo�o Monlevade. “Ele tem o maior �ndice de acidentes dos �ltimos quatro anos e tamb�m a maior quantidade de falhas e estruturas geol�gicas, por isso o relevo mais acidentado.” Nessa faixa da rodovia tamb�m existem mais eleva��es e declives e o maior n�mero de curvas: 37.

Segundo o pesquisador, uma solu��o para o tra�ado seria a implanta��o de pontes e t�neis pelo trecho, para diminuir a ocorr�ncia de curvas perigosas. “Para a �poca em que a rodovia foi constru�da, acredito que isso j� fosse uma solu��o de engenharia vi�vel, mas n�o financeiramente. Se pegarmos o que diz a legisla��o ambiental de hoje e sobrepormos ao tra�ado da 381, constataremos uma s�rie de coisas erradas tamb�m.”

Para este ano, os tr�s pesquisadores pretendem continuar os trabalhos de campo. Futuramente, a meta � analisar como trechos menores, de curvas, aclives e declives influenciam diretamente a forma pela qual os acidentes acontecem.


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