A maioria dos casos que chegam ao N�cleo de Atendimento e Cidadania a L�sbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (NAC-LGBT), da Pol�cia Civil, envolvem gays, travestis e transexuais. Juntos, eles somam 80% das ocorr�ncias. “Percebemos que, em rela��o aos gays, h� um n�mero menor de l�sbicas assumidas. Isso faz parte de um contexto patriarcal, em que a mulher � criada para o casamento e � obrigada a seguir esses passos, por se tratar de algo cultural. O homem gay geralmente tem mais coragem de se expor”, afirma a supervisora do NAC, a delegada Margaret de Freitas Assis Rocha.
“Os diretos constitucionais do cidad�o de liberdade de express�o e igualdade t�m que ser preservados”, afirma. Criado h� um ano e meio, o NAC atende reivindica��o dos movimentos sociais. Apesar de n�o funcionar como uma delegacia, orienta e acompanha casos ligados � tem�tica LGBT. “Infelizmente, quando essa popula��o chegava �s delegacias comuns acabava sendo vitimizada novamente, pois � reflexo de uma sociedade com preconceito muito grande”, conta.
Conflitos t�m in�cio em casa
Walkiria La Roche
Coordenadora especial de Pol�ticas de Diversidade Sexual do estado
“A fam�lia �, normalmente, a primeira institui��o a violar o direito dos homossexuais. � onde voc� recebe os valores, ensinam que homem tem que gostar de mulher e vice-versa. Muitos s�o at� mesmo violentados sexualmente, como forma de mostrar o que � certo. Depois, h� viola��es nas institui��es p�blicas e privadas, entre elas a escola, em que dificilmente se trabalha a quest�o da diversidade. Dada essa complexidade, esse n�o � um tema de que se possa falar com simplicidade. No caso das l�sbicas, o sofrimento � grande, pois envolve a viol�ncia de g�nero. O fato de a cantora Daniela Mercury ter se assumido publicamente � uma refer�ncia muito positiva, uma a��o afirmativa. Mostrou ser uma mulher centrada e talentosa, e nada disso tem a ver com a orienta��o sexual. Evidentemente, cada pessoa tem seu tempo e seu momento e isso passa por uma quest�o de estabilidade emocional e financeira.”
Servi�o
N�cleo de Atendimento e Cidadania LGBT
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