O exame residuogr�fico nas m�os da adolescente A.L.S., de 17 anos, deu negativo, segundo a Corregedoria da Pol�cia Civil. Ela est� internada em estado grave no Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII, depois de ser baleada na cabe�a para retirada de uma bala. Ela levou o tiro quando estava na estrada que liga Ouro Preto a Lavras Novas, com o delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, de 40, com quem mantinha relacionamento amoroso. A suspeita � de que o proj�til tenha sa�do de uma arma do policial. Ele alega que a jovem tentou suic�dio, mas a falta de vest�gios de p�lvora nas m�os da jovem, a princ�pio, n�o prova essa vers�o.
Por meio de nota, a delegada �gueda Bueno, que investiga o caso, informou que o laudo do Instituto de Criminal�stica indicando que ela pode n�o ter tido contato com arma de fogo ser� anexado ao inqu�rito. Segundo Agueda, no fim de semana foi cumprido mandado de busca e apreens�o expedido pela Justi�a na casa de Paula Rafaela Maciel, de 24, ex-namorada de Toledo. A advogada de Geraldo Toledo, Maria Am�lia Tupynamb�, informou que o resultado n�o � conclusivo e n�o compromete a defesa. Segundo ela, outros exames v�o complement�-lo.
Cabisbaixa e com o rosto marcado por olheiras, a m�e evitou dar detalhes da reuni�o e apenas balan�ou a cabe�a para confirmar que se sente amea�ada. O temor de sofrer repres�lias � tanto que ela evita comentar a vers�o do delegado de que A. tentou suic�dio. Mesmo com medo, ela se emociona e pede uma solu��o para o caso. “N�o quero me pronunciar ou tirar conclus�es antes da investiga��o. A �nica coisa que quero � justi�a”, cobra.
A fam�lia da jovem vive em Conselheiro Lafaiete, na Regi�o Central do estado, mas est� em Belo Horizonte desde que ela foi transferida para o HPS. A apreens�o em rela��o a amea�as fez, inclusive, com que a fam�lia proibisse a unidade de sa�de de divulgar novidades sobre o estado de sa�de da jovem. “Ela est� do mesmo jeito”, contou a m�e. Orientada pelo representante da corregedoria, ela evitou falar at� mesmo sobre como est� se mantendo na capital.
Para se deslocar at� a Assembleia, a m�e e o padastro de A. esconderam o rosto com bon�s e �culos escuros. A reuni�o foi realizada a portas fechadas e nem mesmo funcion�rios da Casa tiveram acesso ao local. O encontro come�ou �s 10h e durou cerca de uma hora. Para despistar quem estava do lado de fora, o casal s� deixou a sala de reuni�es meia hora depois da sa�da de Durval �ngelo.
O deputado disse que atendeu a solicita��o da fam�lia ao perceber que a m�e e o padrasto da jovem se sentiam amedrontados. “Acionamos a corregedoria e fizemos essa reuni�o para dar prote��o a essas pessoas, que est�o com medo de um homem que � perigoso e � investigado por v�rios crimes”, explica. Durval se refere � pris�o de Toledo por suspeita de envolvimento em uma quadrilha nacional de roubo de caminh�es e falsifica��o de documentos. Ele chegou a ser preso por uma semana em 2011, mas foi liberado para responder em liberdade.
INDICIADO Toledo foi indiciado por uma agress�o a A. em mar�o, pela Delegacia de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente, na qual trabalhou cobrindo licen�a de outro delegado. Onze dias antes de a jovem ser baleada, foi decretado o afastamento entre a v�tima e Toledo. Como era uma medida urgente, ele deveria ter sido intimado imediatamente, mas o Tribunal de Justi�a informou � corregedoria que o oficial de Justi�a n�o conseguiu encontr�-lo. Ele estava lotado na Delegacia Especializada de Atendimento � Pessoa Deficiente e ao Idoso. Ele se entregou na tarde do dia 15 e continua preso na Casa de Cust�dia da Pol�cia Civil, no Bairro Horto, na Regi�o Leste de BH. (Colaborou Patricia Giudice)