Filho de argentina morta em BH deixa hospital ap�s tr�s meses internado

O garoto Mateus Santiago, filho da empres�ria argentina Maria Silvina Val�ria Perotti, de 33 anos, morta com dois tiros no Bairro Calafate, Regi�o Oeste de BH, em fevereiro deste ano, deixou o Hospital J�lia Kubitschek nesta sexta-feira. A crian�a ficou internada por tr�s meses e sete dias na UTI neonatal da unidade de sa�de. O principal suspeito do crime � o pai do menino, Jos� Ant�nio Mendes de Jesus, de 32, que foi solto dois dias depois de ser preso, por ordem da Justi�a.

Mateus deixou o hospital nos bra�os da av� S�lvia Perotti, que acredita que o neto corre risco com o pai solto. "Tenho medo que ele fa�a alguma coisa", disse a mulher, que est� morando em Belo Horizonte e n�o tem previs�o de retornar ao seu pa�s de origem. O neto vai continuar tendo acompanhamento m�dico pois tem hidrocefalia em fun��o de uma hemorragia que sofreu e pode ser submetido a uma cirurgia.

O m�dico que acompanhou o beb� no hospital, Bruno Morais Dami�o, disse que o garoto est� bem e tem condi��es de ir para casa. "Ele evoluiu muito bem diante de tantos problemas que teve no in�cio da sua vida. A sorte foi ele ter nascido no Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII. A equipe m�dica agiu muito r�pido", disse Bruno.

O crime

Para a pol�cia, Jos� Ant�nio disse que ele e a mulher estavam a caminho do supermercado e o Gol que ele dirigia foi fechado por dois homens numa moto. Segundo ele, Val�ria foi baleada e jogada para fora do carro e um dos ladr�es teria seguido com ele no carro, acompanhado de um segundo assaltante de moto. Jos� Ant�nio sustenta que foi abandonado com o ve�culo na BR-040, em Contagem, Grande BH, e chamou a pol�cia.

Duas testemunhas disseram � Pol�cia Militar que havia duas pessoas no carro quando Val�ria foi baleada e jogada na rua. Uma delas garantiu ter visto Jos� Ant�nio pegar a arma na parte traseira do carro. Outra testemunha disse que o suspeito pegou Val�ria pelo pesco�o, encostou a arma no queixo dela, disparou dois tiros e fugiu.

A delegada respons�vel pelo caso, Elenice Ferreira, disse que as investiga��es continuam. Ela est� sendo promovida para a Superintend�ncia de Intelig�ncia da Pol�cia Civil e outro delegado vai assumir a presid�ncia do inqu�rito.