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Estado de Minas

Recep��o de novatos nas moradias estudantis preocupa as universidades

Institui��es de ensinos se preocupam com o que acontece nas moradias estudantis, onde os veteranos t�m total controle sobre os alunos novatos


postado em 02/06/2013 07:03 / atualizado em 02/06/2013 09:50

Em cidades universit�rias, al�m da fiscaliza��o da pr�tica do trote nos c�mpus, a dire��o das institui��es de ensino t�m de vigiar o que ocorre nas rep�blicas. Em Lavras, no Sul de Minas, e Ouro Preto, na Regi�o Central do estado, as medidas adotadas pelas universidade federais para combater os trotes n�o t�m surtido total efeito, j� que as casas de moradia coletiva mant�m o trote. O Estado de Minas entrou em contato com alunos de 10 dos 29 cursos oferecidos pela Universidade Federal de Lavras (Ufla). Apesar de terem  negado a ocorr�ncia do trote e ainda ressaltarem a proibi��o, todos admitiram que o trote migrou do c�mpus e das ruas da cidade para as rep�blicas.

A recep��o aos alunos novatos na cidade � severa e inclusive obriga o calouro a mudar o seu jeito de falar. Um dos casos � o da palavra "acho", que deve ser trocada pela palavra "penso", caso contr�rio o estudante est� sujeito a puni��es. Segundo relatos dos entrevistados, calouros podem ser obrigados a beber cacha�a, comer cebola, ficar sem talher e tomar �leo de cozinha caso transgridam as “leis” das rep�blicas. A Ufla pro�be o trote desde 2008 e prev� penalidades para quem o pratica. A transgress�o � considerada falta grave, implicando em advert�ncia, suspens�o ou at� mesmo desligamento da institui��o. A Ufla incentiva tamb�m o trote solid�rio e promove campanhas de doa��o de sangue, como forma de integrar os alunos, al�m de ter criado o disque trote, para que as v�timas possam denunciar os abusos.

Na Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) a hist�ria de desrespeito se repete. Os estudantes ouvidos pelo EM tamb�m informaram que os trotes ocorrem frequentemente o nas rep�blicas federais e agora est�o t�m se estendido para as rep�blicas particulares. De acordo os alunos, os calouros passam por uma verdadeira maratona de humilha��o. Ao chegarem, recebem uma plaquinha com apelido dado pelos veteranos. Eles devem andar com ela por todos os cantos, sujeitos a alguma puni��o caso a percam. Al�m disso, passam a assumir os afazeres da casa, como lavar lou�as, cuidar de animais e limpar c�modos, por exemplo. “A rala��o dura at� que apare�a outro “bicho” do pr�ximo vestibular. Al�m de ter que fazer tudo o que os outros moradores exigem, o calouro � obrigado a ingerir bebidas alc�olicas e coagido a fazer uso de subst�ncias qu�micas. Isso varia de rep�blica para rep�blica”, relata uma estudante do curso de farm�cia.

De acordo com a vice-reitora da Ufop C�lia Maria Fernandes Nunes, a universidade trabalha com programas de acolhida aos estudantes para promover a integra��o de veteranos e calouros. Entre outras a��es, tem buscado tamb�m a aproxima��o das fam�lias para criar um ambiente de cuidado com os alunos. “Nossa pol�tica � de total rep�dio ao trote, que consideramos uma afronta aos princ�pios humanos e �s garantias individuais”, afirma. No regimento interno da Ufop est�o previstas penalidades aos transgressores, que podem chegar � suspens�o do aluno.


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