Marta Vieira
A redu��o no pre�o da passagem dos �nibus urbanos proposta pela Prefeitura de Belo Horizonte, ainda que bem inferior aos cortes anunciados em S�o Paulo e no Rio (de R$ 0,20), ter� efeito importante para conter a infla��o das fam�lias com menores rendimentos na capital mineira. Isso s� ocorrer� porque o transporte municipal tem grande peso nos gastos desse grupo da popula��o, chegando a liderar o ranking das maiores despesas na capital para quem ganha de um a cinco sal�rios m�nimos (R$ 678 a R$ 3.390), de acordo com as pesquisas regulares sobre o custo de vida da Funda��o Ipead, vinculada � UFMG, respons�vel pelas estimativas de dois �ndices independentes da infla��o oficial.
Se a medida tivesse sido tomada pela PBH 30 dias atr�s, a varia��o do custo de vida n�o teria chegado � metade do que foi apurado para essas fam�lias. Os c�lculos foram feitos ontem pelo economista Renato Mogiz Silva, coordenador de projetos da Funda��o Ipead. As passagens dos �nibus urbanos s�o o item de maior peso na composi��o da infla��o medida na cidade pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Restrito (IPCR), que retrata os gastos das fam�lias com renda entre um e cinco sal�rios m�nimos.
Recuo Para dar uma ideia do que a redu��o representaria, Renato Mogiz aplicou a proposta da PBH sobre o IPCR mais recente calculado: a segunda pr�via da infla��o deste m�s, que alcan�ou 0,22%. Se o corte do pre�o da passagem j� tivesse sido adotado, o IPCR teria recuado a 0,12%, uma diminui��o de 0,14 ponto percentual. Essa segunda pr�via do custo de vida em junho foi calculada no per�odo de 30 dias at� a segunda semana do m�s.