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Estado de Minas

Muitas causas e cargas durante os protestos nas rodovias que cortam Minas


postado em 02/07/2013 06:00 / atualizado em 02/07/2013 06:40

A paralisa��o dos caminhoneiros ganhou for�a nas estradas com ades�o de moradores e at� de produtores de caf� cobrando quest�es espec�ficas. Na BR-262, em Manhua�u, cafeicultores fecharam o trevo de Realeza, entrocamento das BRs 262 e 116, at� as 16h, para exigir a prorroga��o de prazos para pagamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar e isen��o do pagamento nos pr�ximos dois anos. Depois eles seguiram para a ag�ncia do Banco do Brasil, em Realeza, onde entregaram as reivindica��es.

Enquanto isso, moradores de comunidades pr�ximas a rodovias fecharam pistas. A que reuniu mais manifestantes, cerca de 400 pessoas, foi a LMG-808, altura do km 5, Bairro Darcy Ribeiro, em Contagem. � o terceiro protesto desde a semana passada na mesma via. Desta vez o fechamento ocorreu por volta das 7h e s� terminou ao meio-dia, depois que a Pol�cia Militar e representantes da prefeitura concordara receber uma lista de reivindica��es dos manifestantes. Entre os pedidos estavam a implanta��o de quebra-molas em �reas de travessia onde h� grande incid�ncia de atropelamentos, pavimenta��o de ruas tomadas pela poeira e lama, implanta��o de rede de esgoto, melhorias no atendimento � sa�de, constru��o de um posto de sa�de no Bairro Tup�, melhor oferta de transporte p�blico com barateamento da passagem, amplia��o de �reas de lazer nas pra�as e implanta��o de uma ag�ncia dos Correios.

Na sexta-feira, cerca de 150 moradores do trecho dessa rodovia que passa por Esmeraldas, entre os bairros Novo Retiro e Monte Sinai, fizeram tr�s bloqueios ateando fogo a lenhas e pneus. A principal reivindica��o era a falta de  �nibus na comunidade, que chega a ter intervalos de viagem de 40 minutos a uma hora em dias normais e at� duas horas aos domingos.

Em Vespasiano, o entroncamento entre a MG-010 e a MG-424 foi interditado de madrugada, pr�ximo ao Bairro Santa Clara. � a terceira vez que protestos de moradores prejudicaram o tr�fego e obrigaram a Pol�cia Militar a negociar, principalmente para que o tr�nsito at� o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, n�o seja prejudicado. No domingo, um �nibus chegou a ser incendiado e h� suspeita de participa��o de manifestantes.

“Precisamos de passarelas, porque os carros e caminh�es passam em alta velocidade por aqui e muitos j� tiveram familiares atropelados. Para ir ao Centro de BH a gente tem de passar para o outro lado da rodovia (MG-424), onde ficam os pontos”, disse o pintor Diogo Lazzo, de 27 anos. O tamb�m pintor Helbert Rodrigues, de 35, lista outras necessidades. “N�o temos asfalto no bairro e por isso entra poeira o dia inteiro nas nossas casas. As ruas n�o t�m ilumina��o p�blica, ent�o somos obrigados a colocar l�mpadas nas entradas de casa para ter mais seguran�a”, reclama.

MOTORISTAS
Muita gente que voltava para casa ficou retida nos congestionamentos causados por moradores e caminhoneiros. Uma fam�lia que saiu da Bahia para fazer compras em S�o Paulo foi surpreendida pela paralisa��o. Incomodada com a abordagem feita por manifestantes, a funcion�ria p�blica Eunice Soares, de 42 anos, estava com uma crian�a de 7 e n�o queria permanecer parada na rodovia. “Me senti coagida. Ningu�m � obrigado a participar de um movimento se n�o quiser”, reclamou a mulher que chegou a chorar, mas teve medo de deixar a fila devido � press�o de pequeno grupo de caminhoneiros.

Delmirtes Velho, de 50 anos, ia para Prados ap�s trazer os pais, Delmar, de 76, e Maria Jos�, de 72, a BH para consulta m�dica. “J� estamos aqui h� 45 minutos, mas � isso mesmo que o povo tem de fazer para ver se muda”, disse Delmirtes. “Errado � quem destruiu lojas”, completou Maria Jos�. Alfredo Cruz, de 46, que voltava para Congonhas, na BR-040, tamb�m n�o reclamou de ficar parado. “Tem de manifestar mesmo, chamar a aten��o.” Mas Karine Salgado, de 34, professora, que ia com o filho Vin�cius, de 1 ano e 10 meses, para visitar os pais em Itabirito, estava indignada. “Pune quem est� do lado deles”, disse.

O mesmo problema tiveram caminhoneiros que queriam seguir viagem. Muitos tentaram se adiantar para chegar ao destino antes do in�cio da greve. Mas, desde madrugada, sindicalistas impediram at� a passagem de cargas perec�veis. Carregado com quatro toneladas de carne, o ve�culo de Wesley Pereira Santiago, de 27, foi parado pouco depois da meia-noite na Fern�o Dias, em Igarap�, na Grande BH, quando seguia em dire��o a S�o Paulo. “Veio um grupo de quase 50 pessoas para cima do meu caminh�o, muitos com pedras nas m�os”, conta. Temendo que as amea�as fossem cumpridas, Wesley decidiu se unir � fila. “Eu queria seguir viagem para entregar a carga, afinal compromisso � compromisso. Mas tenho fam�lia, n�o quero confus�o. Ent�o � melhor parar.”


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