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Estado de Minas

Cat�logos telef�nicos trar�o fotos de pe�as sacras desaparecidas

Campanha estimula den�ncias e recupera��o do patrim�nio hist�rico


postado em 13/07/2013 06:00 / atualizado em 13/07/2013 07:08

Em parceria com o Iepha/MG, a editora de guias telef�nicos Guiatel vai lan�ar as listas do ciclo 2013/2014 trazendo nas capas imagens desaparecidas do patrim�nio mineiro. A iniciativa faz parte do Programa de Apoio � Identifica��o e Restitui��o de Bens Culturais Desaparecidos, lan�ado pelo instituto h� cinco anos. De acordo com t�cnicos do setor, a visibilidade dos acervos de Minas ati�ou o desejo e a cobi�a de muitos colecionadores, antiqu�rios e comerciantes, o que dilapidou o patrim�nio. Dessa forma, acrescentam, a situa��o dos bens m�veis de cunho religioso � especialmente delicada, pois o estado perdeu importantes refer�ncias culturais por furtos, roubos ou vendas indevidas.


Para ampliar a divulga��o dos objetos de f� e obter informa��es que levem � localiza��o e identifica��o dos bens, a primeira capa tem�tica da lista telef�nica circula a partir do m�s que vem. Conforme o diretor da empresa, Wilson Melo Lima, ser�o distribu�das pelo estado 29 listas contendo essas imagens na capa, totalizando 85 pe�as, j� que as edi��es, destinadas a diferentes regi�es, estampam mais de uma pe�a desaparecida. “� preciso que a popula��o tenha consci�ncia de que, independentemente de religiosidade, as imagens dos altares s�o fortes elementos que preservam aspectos da vida cultural de um povo. S�o refer�ncias para uma s�rie de pr�ticas imateriais, al�m de contar nossa hist�ria e possibilitar o resgate da mem�ria coletiva.” O diretor-presidente da empresa, Marcone Reis Fagundes, adianta que a cada edi��o cerca de 3 milh�es de exemplares s�o distribu�dos em todo o estado, levando informa��o para mais de 10 milh�es de usu�rios. “Diante desses n�meros, acreditamos que essa iniciativa de espalhar em larga escala as imagens desaparecidas pode trazer resultados satisfat�rios. Quem ganha com isso � a cultura mineira. Esperamos que ela recupere um grande peda�o de sua hist�ria e acervo”, afirma.

O presidente do Iepha, Fernando Cabral, lembra que um dos maiores problemas encontrados no com�rcio de antiguidades, em especial a arte sacra, se relaciona � origem das obras negociadas. “Bens desaparecidos h� muitos anos, resultado de furtos, roubos ou mesmo ilegalmente vendidos, circulam livremente no mercado, expondo consumidores e comerciantes a incorrer em ato il�cito. Uma imagem ou objeto sacro, ao ser retirado de seu local de origem, provoca a ruptura de uma s�rie de manifesta��es da cultura imaterial caracter�sticas da religiosidade mineira”, afirma.

Cabral ressalta que uma imagem sacra no altar de uma igreja significa um bem em uso, cumprindo a fun��o para a qual foi concebida, constituindo importante elo de identidade entre os moradores de uma comunidade e seus antepassados. “N�o � incomum encontrarmos in�meras gera��es da mesma fam�lia que organizam os festejos, prociss�es e t�m devo��o em torno de uma imagem espec�fica, que tamb�m pode possuir valor hist�rico, art�stico e econ�mico.” Segundo o presidente, a pol�tica patrimonial do instituto n�o faz hierarquia de valores, buscando a preserva��o de todos os bens e manifesta��es relacionadas ao acervo sacro do estado. “Dada a import�ncia desses bens para o patrim�nio cultural mineiro, essa parceria cria uma importante possibilidade para promover a identifica��o e recupera��o das pe�as desaparecidas”, afirmou.

PRIMEIRAS CAPAS A edi��o da Regi�o do Alto Paraopeba mostrar�, na capa, as imagens de S�o Joaquim, Santa Efig�nia e S�o Benedito, do s�culo 18 e desaparecidas, desde 1996, da Igreja Nossa Senhora da Soledade, no distrito de Lobo Leite, em Congonhas; a da Bacia do Rio Piracicaba trar� a imagem de Santana, al�m do Lampad�rio do Sant�ssimo, sumidas desde 1994, pertencentes � Matriz de Santa Cruz, em Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha; do Circuito das Grutas, com duas �mbulas e um c�lice, objetos em prata, do s�culo 19, saqueados em 1990 da Matriz de S�o Gon�alo, no distrito de S�o Gon�alo do Rio das Pedras, no Serro; e Regi�o do M�dio Rio Grande, com tr�s imagens distintas de Nossa Senhora do Ros�rio, furtadas do Museu Regional do Sul de Minas, em Campanha, em 6 de mar�o de 1994.


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